Euronews, 27 de maio de 2016.
O primeiro presidente americano a visitar Hiroshima desde que, há 71 anos, a cidade japonesa foi atingida pela primeira bomba atómica do mundo causou reações díspares.
Há quem esteja do lado do Prémio Nobel da Paz pela sua premissa anti-armas nucleares, mesmo que tenha tido de sobreviver à bomba. Motoko Onoe tem 76 anos, sobreviveu à bomba atómica e afirma: “Estou muito contente por vê-lo aqui de visita. Enviou uma mensagem de paz no passado e hoje está apassar das palavras à prática. Dou-lhe as boas-vindas entusiasticamente.”
Há também quem ache que as palavras não andam de mãos dadas com a acção e que os planos de Barack Obama e do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe passam por um futuro armado em termos nucleares.
Mie Hyata tem apenas 53 anos e é prestadora de cuidados em Hiroxima. Afirma, enquanto participa numa manifestação contra Obama e Abe: “Estou absolutamente contra a visita de Obama. Ele veio a Hiroshima apenas porque quer começar uma guerra nuclear no futuro e está a usar Hiroxima como trampolim. Portanto, estou contra ele.”
Apesar de o Japão ter 3 princípios não nucleares na Constituição, há quem não acredite na declaração do primeiro-ministro Shinzo Abe de o país não vir a possuir armamento nuclear, dadas as políticas seguidas para reforçar laços com os Estados Unidos.
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