O ministro da Defesa polonês Antoni Macierewicz |
DefenseNews, 31 de maio de 2016.
Por Aaron Mehta.
VARSÓVIA, Polônia – À medida em que se prepara para sediar uma grande reunião da OTAN em julho, a Polônia está mantendo o seu pedido relativamente baixo – no valor de cerca de um batalhão de tropas dentro de suas fronteiras, do qual o ministro diz ser o suficiente para deter a agressão russa.
Antoni Macierewicz disse que a Polônia está à procura de um “batalhão-adicional” as tropas da OTAN dentro de suas fronteiras.
Quando pressionado sobre o número de tropas que estão efetivamente sendo discutidas, Macierewicz disse: “Não temos uma definição exata do quanto significa esse ‘adicional’ quando nós falamos de um batalhão-adicional”. Mais tarde, ele indicou que a questão será resolvida após a conclusão da Cimeira de Varsóvia em julho.
Em comparação, um batalhão do Exército dos Estados Unidos é tipicamente constituído de 300-800 soldados.
Os comentários do ministro vieram como parte duma viagem de trabalho organizado pelo governo polaco. Defense News aceitou a passagem aérea e hospedagem como parte da viagem.
A OTAN está vendo um modo de colocar quatro batalhões de tropas cada, ao longo do seu flanco oriental com a Rússia, um na Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia. A colocação de tais tropas – provavelmente uma força rotacional – é esperado para ser um dos anúncios da Cimeira de Varsóvia em 8-9 de julho.
Falando na Polônia segunda-feira, o secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg prometeu apoio para colocar tropas em solo polonês, dizendo: “Deixe-me ser claro: haverá mais tropas da OTAN na Polônia após a cimeira de Varsóvia”.
Após esboçar o plano e torna-lo público, as autoridades russas responderam anunciando planos de criar três novas divisões – cerca de 10.000 soldados cada – e irão posicioná-los ao longo da fronteira com a Europa.
Macierewicz reconheceu que as unidades aliadas não seriam capazes de derrotar tal vantagem se a mão de obra russa invadir a Polônia, mas indicou que o objetivo é ao menos derrotar tal avanço e posteriormente retardá-lo, para ganhar tempo o suficiente para que os aliados da OTAN possam contra-atacar.
“Estas são apenas forças da linha de frente que estão presentes e, juntamente como os exércitos dos países de acolhimento devem ser capazes de parar a agressão retardando por tempo suficiente para que se possam organizar estruturas e forças, afim de defender os seus membros”, disse Macierewicz. “Do ponto de vista militar, o problema tem sido até agora que temos 100% de certeza de que, numa situação de uma agressão, a OTAN perderia território sob ataque e teria de reconquistá-lo mais tarde.
“Graças à presença avançada seria possível manter e defender o território por um período suficiente para os aliados reunirem forças e responder”, acrescentou.
Falando aos jornalistas no final do dia, Marek Magierowski, porta-voz do presidente polonês Andrzej Duda, disse que a Polônia tinha desistido da ideia de ter bases permanentes de parceiros estrangeiros dentro de seus limites, dizendo que “nós percebemos que seria politicamente complicado para a designar tropas regularmente”.
Mas, segundo ele, o que importa é a presença de tropas, e indicou a liderança polonesa que está contente com as forças rotacionais enquanto houver forças da OTAN de forma consistente no país.
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