DN, 31 de maio de 2016.
Crianças terão sido encorajadas por combatentes do Estado Islâmico
Crianças sírias encorajadas por combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) mataram hoje à pedrada um homem e uma mulher acusados de cometerem adultério, na província de Deir al Zur (nordeste), indicou uma organização não-governamental (ONG).
As vítimas foram apedrejadas até à morte na praça Al Yaradeq, na cidade de Deir al Zue, capital da província homónima.
A maioria das crianças presentes no local respondeu a um apelo do EI para juntar pedras e apedrejar o casal, de acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Em fevereiro, o EI lapidou duas mulheres acusadas de adultério, numa praça da mesma cidade.
A cidade está dividida em zonas dominadas pelo EI e outras sob o poder das forças do regime sírio.
Nas zonas que controlam, os extremistas aplicam uma visão radical da lei islâmica ("sharia") e impõem castigos severos - decapitação, lapidação ou crucificação - a quem não respeitar as normas.
Na Síria, 4.225 pessoas foram executados pelo EI desde que o grupo declarou o seu califado em junho de 2014, em zonas sob o seu controlo em território sírio e iraquiano.
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