25 de abr. de 2016

Refém canadiano decapitado por militantes islamistas nas Filipinas






Publico, 25/04/2016.




Por Rita Siza





Primeiro-ministro Justin Trudeau confirmou a morte "brutal" e "desnecessária" de um homem de 68 anos, sequestrado por militantes do grupo islamista Abu Sayyaf quando fazia férias nas Filipinas.

O Exército das Filipinas confirmou a morte de John Ridsdel, um cidadão canadiano sequestrado por militantes islamistas e mantido como refém desde Setembro de 2015 com três outros indivíduos, no Sul do país. A cabeça decapitada de Ridsdel, de 68 anos, foi encontrada na remota ilha de Jolo cinco horas depois de ter expirado o prazo para o pagamento de um resgate para a sua libertação.


Numa breve declaração, à margem de uma reunião do Governo, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, condenou “sem reservas a brutalidade dos sequestradores” e a morte “desnecessária” de John Ridsel, um antigo executivo do sector mineiro raptado quando passava férias nas Filipinas. “Este foi um acto de homicídio a sangue frio cuja responsabilidade pertence unicamente ao grupo terrorista que o tomou por refém”, afirmou.

Ridsdel foi raptado a 21 de Setembro numa marina da ilha de Samal, próximo da cidade de Davao, no Sul do arquipélago das Filipinas, por militantes do grupo extremista Abu Sayyaf, que tem ligações à Al-Qaeda e recentemente começou a actuar em nome do autoproclamado Estado Islâmico. Um outro canadiano, Robert Hall, permanece refém dos militantes, que mantém ainda a sua namorada filipina, Marites Flor, e um homem de nacionalidade norueguesa, Kjartan Sekkingstad, que também integrava o grupo de turistas.

As autoridades filipinas acreditam que os reféns foram transferidos para a ilha de Basilan, o reduto do grupo islamista, a 700 quilómetros do local do rapto. Segundo o jornal canadiano National Post, o nome Abu Sayyaf significa “portador da espada”: o grupo está classificado como uma organização terrorista pelo Canadá, os Estados Unidos e outros países. Composto por diversas facções, os seus militantes reivindicaram o ataque à bomba de um ferry filipino em 2004, que matou 116 pessoas.

As suas acções mais habituais consistem em ataques contra as forças de segurança filipinas. O grupo está associado a redes de tráfico de droga e outros actividades criminosas, e segundo as agências, iniciou recentemente uma campanha de raptos em nome do Estado Islâmico – para a libertação dos quatro reféns sequestrados há seis meses, os militantes exigiram o pagamento de um resgate de oito milhões de pesos filipinos (cerca de 152 mil euros) por cabeça. O prazo terminava esta segunda-feira.

O Governo das Filipinas, que segue uma política de não-negociação com organizações terroristas, pediu às autoridades canadianas que se abstivessem de contactos com o grupo Abu Sayyaf, com o qual assinara uma trégua em 2014. De acordo com o National Post, o presidente da Cruz Vermelha das Filipinas, Dick Gordon, foi contactado pelos militantes para negociar, mas recusou fazê-lo. No entanto, terá conseguido confirmar que todos os reféns estavam vivos.

Nos últimos dias, uma força conjunta da Polícia e Exército das Filipinas esteve envolvida numa operação “intensiva” para o resgate dos reféns nas ilhas de Basilan e Jolo, que levou à identificação de cerca de 400 militantes. O gabinete da Presidente Benigno Aquino disse que estão a ser desenvolvidos “os máximos esforços” para localizar e salvar os reféns do grupo Abu Sayyaf – outros grupos, com cidadãos do Japão, Malásia, Indonésia e Holanda, foram capturados pelos militantes em território filipino.

A descoberta da cabeça decapitada de John Ridsdel foi feita por um residente de Jolo City, que viu um motociclista atirar um saco de plástico para a berma da estrada, junto de um local onde cinco crianças estavam a brincar, por volta das 19h30 (hora local). Quando a iluminação eléctrica foi ligada, uma hora mais tarde, percebeu-se que o saco estava ensanguentado e foi chamada a polícia.

Nota do editor do blog: O mesmo Justin Trudeau que disse que os muçulmanos fazem parte do Canadá, chegando até mesmo a orar com eles numa mesquita, e ainda retirando os caça-bombardeios canadenses da Síria e do Iraque, porque segundo ele “não há motivos para que o Canadá bombardeie os militantes do Estado Islâmico”. E decidiu tratar somente dos "refugiados", por isso, ele achou melhor colocá-los em alojamentos militares, pois nada mais inteligente do que colocar militantes islâmicos em locais propícios para treinamento, ops! Desculpe! Eu quis dizer "refugiados" em locais propícios para famílias, para que tenham um ambiente bem confortável para serem comportados.


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