19 de abr. de 2016

Erdogan diz que "UE precisa mais da Turquia do que a Turquia da UE"

O presidente turco





DN, 19/04/2016




Erdogan criticou duramente um relatório do Parlamento Europeu que pede reformas urgentes para assegurar liberdade de expressão na Turquia

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou hoje que "a União Europeia precisa mais da Turquia do que a Turquia da União Europeia", num discurso em que criticou um relatório do Parlamento Europeu que aponta retrocessos democráticos no país.

Erdogan, que discursava para dirigentes municipais em Ancara, considerou o relatório "uma provocação" e lamentou que o documento não elogie a Turquia por acolher cerca de 2,7 milhões de refugiados da guerra na Síria.
"Três milhões de pessoas foram recebidas neste país para que não perturbem os europeus. Há alguma palavra sobre isso no relatório? Nada", disse o presidente turco.

"Numa altura em que as relações com a UE estão numa fase positiva relativamente aos migrantes, à abertura de determinados capítulos [das negociações de adesão] ou ainda à isenção de vistos, é uma provocação sair com um relatório destes", acrescentou.

No relatório, divulgado na quinta-feira, o Parlamento Europeu pede reformas urgentes para assegurar na liberdade de expressão e de reunião e a transparência judicial e defende que a cooperação entre a UE e a Turquia em matéria de migrações deve ser desvinculada das negociações de adesão.

Ao abrigo do acordo assinado em março, a Turquia obteve uma série de contrapartidas da UE para ajudar a travar a chegada de migrantes a território europeu e para aceitar de volta os que viagem ilegalmente para a Grécia.

O presidente do conselho europeu, Donald Tusk, o vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans e a chanceler alemã, Angela Merkel, visitam no sábado um campo de refugiados sírios em Gaziantep, no sul da Turquia, no âmbito do acompanhamento da aplicação do acordo.

Um porta-voz do executivo europeu disse por outro lado hoje que "a Comissão vai adotar amanhã [quarta-feira] um relatório sobre a aplicação da declaração UE-Turquia de 18 de março passado".


Nota do editor 

Erdoğan parece muito à vontade para zombar da cara dos contribuintes europeus, que já estão pagando bilhões para que supostamente diminua o fluxo de imigrantes que entram na Europa. Para a União Europeia, a Turquia é uma tabua de salvação, pois o país é a porta de entrada dos imigrantes, e, portanto, o mais viável é manter o porteiro com os bolsos cheios, e as fronteiras vazias. Porém, para o país muçulmano isso não é o suficiente: é preciso visto para que os seus cidadãos possam circular livremente pela Europa – o que, consequentemente, trará também diversos terroristas amigos do regime; pois se a senhora Angela Merkel não sabe, durante as rodadas de estupros no ano novo na cidade de Colônia, alguns dos criminosos que foram delatados pelas vítimas eram de origem turca. 

Merkel é bem flexível com os turcos, vamos admitir! Tão flexível que até mesmo permitiu que se abrisse um processo contra um comediante de seu país, pelas ofensas feitas num poema lido pelo tal durante o seu programa de humor. No poema, o apresentador dizia que Erdoğan tinha relações zoófilas e pedófilas. A piada pode ser suja, mas a realidade não é! Principalmente no que tange a relação entre a União Europeia, e a situação dos refugiados na Turquia. Liberdade de expressão no Islã não existe, exceto se ande conforme o Alcorão – como na liberdade das mulheres paquistanesas, que não querem apanhar de seus maridos irmãos ou filhos, e ainda assim os clérigos muçulmanos acham que leis que inibem esses tipos de atos são contrárias a liberdade de expressão e de fé.

Esse é o Islã. E Erdoğan ainda diz que o relatório que condena a falta de liberdade de expressão em seu país é um absurdo. Eu não o julgo, pois Merkel prontamente atendeu ao seu pedido de processar um cidadão de seu país, que só estava tentando exercer a dele. Merkel incorporou a Xaria na sua forma de fazer política, assim como os demais líderes, onde falar que o Islã tem a ver com o terrorismo é praticamente um crime. Então, por que não atender aos desmandes dum ditador muçulmano, e punir um cidadão por exercer o seu direito a liberdade de expressão?

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