30 de abr. de 2016

Aviões de guerra turcos atingiram alvos do PKK no sudeste da Turquia, e norte do Iraque

Nota do editor

Estes pequenos conflitos são parte da guerra particular entre a Turquia (OTAN) e a Rússia. Inicialmente, eu pensei que os curdos não tivessem nenhuma ligação com a Rússia, mas depois de um tempo eu descobri essa conexão por meio das próprias mídias propagandistas russas. Os curdos são apoiados pelo Kremlin, e rotineiramente lançam ataques aos turcos – que também não estão limpos nessa história, pois tanto os russos quanto os turcos são responsáveis pelos conflitos menores, como, por exemplo, o conflito entre a Armênia e o Azerbaijão – em que ambos os países fomentam e munem os conflitantes para que se matem entre si. 

Os ataques à Turquia por meio da organização terrorista PKK pode muito bem servir aos interesses de Erdogan, que tem endurecido e minado cada vez mais a democracia em seu país, com o intuito de se perpetuar no poder. Porém, nem sempre Moscou e Ancara estiveram em conflito, visto que no passado, um ajudou o outro – Ancara ajudou, ou tentou ajudar os parceiros dos russos, o Irã, com negociatas mediadas pelo Brasil, governado pelo então Presidente Lula, para enriquecer o seu urânio, e assim burlar as sanções das Nações Unidas e da União Europeia. Ironicamente, a Turquia continua sendo forte aliada do Irã, e a Rússia hoje se coloca hoje como adversária da Turquia. 

E diria que a tentativa da Turquia e de Moscou é arrastar a OTAN para essa troca de hostilidades. Ancara continuará amargando para o lado dos curdos, e da oposição dentro do país, e os russos continuarão patrocinando o terrorismo da PKK. O objetivo é tentar criar tensões ao ponto, ou de arrastar a OTAN para dentro, ou fazer com que ela seja desacreditada, caso a Turquia resolva dar uma resposta à altura para o já comprovado patrocínio do Kremlin ao terrorismo do grupo marxista.

 A OTAN também enfrenta uma crise de credibilidade, por conta de seu apoio a Ancara, e por sua subserviência a União Europeia, no tocante a questão da crise dos "refugiados", na qual ela se propôs a ajudar logisticamente. Fazendo isso, mesmo sabendo dos receios do público europeu ao terrorismo, a organização faz com que os cidadãos europeus queiram que ela saia do caminho, e por conta das eleições regionais, cada cidadão vai escolher representantes que execrem alianças, tanto com a União Europeia, quanto com a organização. A Turquia patrocina o terrorismo, isso é um fato! Ao se dobrar a Ancara, a OTAN acaba por fazer com que grupos de "direita" ganhem simpatia, e os torne sensação nas eleições, assim fazendo com que o público os escolha para que cortem relações com a organização. 


Caça turco


Reuters, 30 de abril de 2016.

O exército turco realizou ataques aéreos em áreas rurais do sudeste da Turquia e norte do Iraque, tendo como alvo os postos de logística usados por militantes curdos, disseram fontes de segurança neste sábado.

Vinte jatos decolaram da base aérea de Diyarbakir, na noite de sexta-feira e bombardearam locais utilizados pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) militantes recebiam apoio alimentar e de armas em Hakurk, Avasin e Qandil no norte do Iraque, disseram fontes. 




Duas rodadas separadas de bombardeios aéreos foram realizadas na província de Sirnak, perto da fronteira com o Iraque, depois de receberem autorização, disseram fontes.

O exército turco tem frequentemente realizado ataques aéreos na região nos últimos meses depois de um cessar-fogo de dois anos e um processo de paz entre o governo e o PKK que foi quebrado no verão passado.

Milhares de militantes e centenas de civis e soldados foram mortos desde então e centenas de cidades no sudeste predominantemente curdo teriam sido engolidas na pior onda de violência desde os anos 90.

O governo recusou-se a voltar à mesa de negociações e disse que vai esmagar o PKK, que é considerado uma organização terrorista pela Turquia, a União Europeia e os Estados Unidos.

Separadamente na segunda-feira passada, um soldado turco foi morto e dois policiais feridos em um ataque com foguetes por militantes do PKK em Nusaybin, uma cidade perto da fronteira com a Síria, onde um toque de recolher foi posto em vigor desde meados de março devido a operações militares.

Mais de 40.000 pessoas foram mortas no conflito desde que o PKK lançou sua insurgência em 1984. 

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