O presidente Vladimir Putin reuniu com os ministros dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, e da Defesa, Sergei Shoygu, esta segunda-feira |
DN, 14/03/2016
O presidente quer que o papel da Rússia no processo de paz seja mais presente
O presidente russo Vladimir Putin ordenou esta segunda-feira que as forças militares da Rússia começassem a retirar da Síria, afirmando que a intervenção militar russa tinha cumprido a maior parte dos seus objetivos.
Putin, numa reunião no Kremlin com os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, disse que a retirada deveria começar esta terça-feira. Também ordenou que a Rússia intensificasse o seu papel no processo de paz para pôr fim ao conflito na Síria. No entanto, o líder russo afirmou que Moscovo vai manter uma presença militar: não deu data limite para o final da retirada, e disse que forças russas permaneceriam na Síria, no porto de Tartus e na base aérea de Hmeymim.
O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov disse que Putin tinha telefonado ao presidente sírio Bashar al-Assad para o informar da decisão russa.
A intervenção das forças aéreas russas na Síria teve início a 30 de setembro de 2015 e foi feita a pedido de Bashar al-Assad no âmbito da luta contra o terrorismo naquele país.
"O trabalho eficiente do nosso exército criou as condições para o começo do processo de paz", afirmou Vladimir Putin. "Acredito que a tarefa que se colocou ao ministério da Defesa e às forças armadas russas foi, no geral, cumprida. Com a participação do exército russo, as forças armadas sírias conseguiram uma reviravolta fundamental na luta contra o terrorismo internacional, e tomaram a iniciativa em quase todos os assuntos".
Nota do editorA Rússia agora retira suas tropas e aviões de guerra para que Assad possa “negociar” com as autoridades em Genebra. Putin disse que alcançou um de seus objetivos no país. Até onde eu sei, por meio das organizações de direitos humanos, a Rússia estava garantindo que o terreno político esteja ao gosto do seu amigo Assad, o que significa que se houver um governo de transição, os russos já têm um Plano “B” para Assad, ou, até mesmo, os próprios “opositores” acabem por dar-lhe um voto de confiança. O problema é saber se estes opositores serão reais, ou os recém-formados pela escola russa de subversão.
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