29 de mar. de 2016

Por pressão da Disney e de outras multinacionais o lobby gay ganha força na Geórgia, EUA










Zenit, 29/03/2016









O governador veta a normativa que teria protegido as crenças religiosas. Decisivas as pressões da Disney e de outras multinacionais

Nos Estados Unidos, o Lobby gay voltou a fazer sentir o seu peso e o seu poder de chantagem. O último episódio foi na Geórgia, que também é um dos estados do Sul mais ligados aos valores tradicionais.

A assembleia parlamentar da Geórgia havia votado nas últimas semanas uma lei para proteger a liberdade religiosa e a objeção de consciência: cada ministro do culto estaria isento da obrigação de celebrar matrimônios entre pessoas do mesmo sexo, assim como as organizações e os cidadãos individuais estariam liberados da obrigação de fornecer serviços aos gays, para salvaguardar as próprias convicções religiosas ou éticas.
O governador republicano Nathan Deal, porém, vetou a normativa. “Não acho que devemos descriminar nenhuma pessoa para proteger a fé da comunidade da Geórgia da qual eu e a minha família fizemos parte durante toda a nossa vida”, declarou Deal.

A Geórgia é um Estado acolhedor, feito de pessoas gentis – acrescentou o governador – a nossa gente trabalha a cada dia lado a lado sem olhar para a religião ou para a cor da pele, procurando fazer a vida melhor para as suas famílias e para a comunidade. Eu tento fazer a minha parte para manter este caráter da Georgia”.

Nessa decisão pesaram as pressões de fortes poderes, a nível industrial, de negócios, esportivo e cultural. Multinacionais como a Disney, Marvel e Warner Bros tinham ameaçado não passar mais nenhum filme no Estado, enquanto que a National Football League temia a possibilidade de que Atlanta não recebesse mais o Superbowl.

Enquanto isso, uma campanha similar está começando na vizinha Carolina do Norte, onde os movimentos LGBT estão contestando um projeto de lei – apoiado tanto pelo Parlamento que pelo governador Pat McCrory – que proibiria proteções especiais em base a orientação sexual e identidade de gênero.

O conflito, neste caso, poderia ser recalibrar-se entre as autoridades da Carolina do Norte e o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, que, especialmente após a decisão no verão passado que legalizou o casamento homossexual em todo o território nacional, está pressionando pela proteção dos direitos dos homossexuais e pessoas trans em todas as formas possíveis.

Enquanto isso, os municípios das cidades mais liberais nos Estados Unidos estão adotando regras muito permissivas, permitindo, entre outras coisas, a escolha dos banhos públicos com base na identidade de género, enquanto os empregadores são proibidos de despedir os trabalhadores por serem gays.

Precisamente na Carolina do Norte, a cidade de Charlotte aprovou banheiros públicos “gay friendly”, despertando a oposição daqueles que – como o senador republicano Andrew Brock – argumentam que a presença de homens vestidos de mulheres nos banheiros femininos poderia representar uma potencial ameaça pedófila para as meninas.

Nota do editor  

Uma vez, Cliff Kincaid disse que o Partido Republicano estadunidense estava se tornando o mesmo que o Partido Conservador Britânico, ou seja, conservador só no nome, pois no seu núcleo ideias controversas de esquerda estariam aflorando na forma de políticas. Não é à toa que a liberdade religiosa no Reino Unido está se deteriorando dia após dia, e é um fenômeno que não ocorreu tão intensamente nos últimos governos trabalhistas – que foram bem ruins – como de costume em um governo trabalhista ou progressista, porém, não da forma como tem sido na gestão dos “conservadores” britânicos. 

Nathan Deal acha que é licito obrigar empreendedores a fazer lobby gay contra suas convicções pessoais. Notem que a lei não foi feita para que os grupos cristãos não ofereçam serviços, mas para não serem obrigados a oferecer serviço com algum tipo de lobby, que vá contra suas convicções éticas e filosóficas, e pelo direito de demitir um funcionário que seja homossexual; por que não? Por acaso, é confiável para um pai contratar para tomar conta duma instituição infantil, uma escolinha, uma pessoa que tem transtornos de gênero? A mídia, como sempre, fez um estardalhaço que era uma lei para discriminar homossexuais. Fazer uma alegação dessas é como imaginar que haja uma legislação para criar leis que escravizem novamente os negros; é um absurdo de se imaginar até para as mentes mais debilitadas. 

Outro ponto interessante é que a mudança só veio depois da força motriz dos grupos industriais, ou seja, das corporações. Se o Partido Republicano se abre assim para transgredir os direitos dos seus cidadãos ao nível estadual, então o que dirá federalmente? Embora dos candidatos que estão aí, poucos se comprometem com uma agenda nesse sentido. No entanto, é vergonhoso observar o quão flexível o partido do governador da Geórgia ficou após receber pressão de grupos empresariais – o que também me remete ao Partido Conservador Britânico, que recebeu a mesma pressão de grupos empresariais de lobby, e da União Europeia. É por isso que eu digo que a União Europeia é uma das causas de todos os males e de toda a destruição da cultura europeia, pois impõe essa agenda draconiana marxista goela abaixo, e discrimina os cristãos em seu próprio continente. 

No caso do Partido Republicano, eu pondero em dizer que o que também afeta e muito o partido são os liberais que estão dentro dele – e quando eu digo liberais, não me refiro a meros esquerdistas, daquela dicotomia de que: Liberal na América = esquerdista, e liberal na Europa ao estilo clássico = defensor da economia de mercado, do liberalismo econômico. Eu me refiro ao último, aos liberais econômicos. Pois o Partido Republicano está infestado de libertários, que contrariam exatamente os pressupostos do Partido Republicano. Para que tal governador faça esse tipo de comentário, dando mais razão às questões econômicas do que às liberdades civis, eu presumo que ele seja um liberal econômico; pois somente esses sujeitos se arrastam como cão no cio por dinheiro. 

Se o Partido Republicano entrar nessa febre de ser um partido liberal, e não mais intervir em questões de direitos civis em favor do povo conservador americano, então para mim o partido acabou de vez. Que Deus os ajude.

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