26 de mar. de 2016

China considera cooperação com a Rússia essencial para garantir paz no mundo






SIC, 26/03/2016




O Presidente da China, Xi Jinping, considerou na sexta-feira que a "cooperação estratégica" entre Pequim e Moscovo é "primordial" para garantir a paz regional e no mundo.

"A cooperação estratégica entre a China e a Rússia tem um papel primordial na salvaguarda da paz e da estabilidade regionais e mundiais", disse Xi Jinping durante um encontro com o chefe de gabinete do Kremlin, Sergei Ivanov.

O Presidente chinês disse que os dois países são o aliado mais importante um do outro e instou ao reforço da cooperação.
Xi Jinping enfatizou que tanto ele próprio como o sue homólogo Vladimir Putin concordam com uma maior troca de informações e cooperação entre o Partido Comunista chinês (PCC) e a administração russa.

Ivanov, por seu lado, e segundo a agência oficial chinesa Xinhua, sublinhou o "rápido desenvolvimento da cooperação em várias áreas" entre a China e a Rússia, assim como "a comunicação e a coordenação próxima em assuntos internacionais".

A China e a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e têm posições semelhantes em relação a conflitos internacionais como o da Síria ou em relação à Coreia do Norte.

Por outro lado, Pequim tem tentado manter uma posição neutra perante a condenação internacional da anexação da península da Crimeia pela Rússia.

Apesar de apoiar a Rússia e a restante comunidade internacional na ofensiva contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque, o Governo chinês tem evitado pronunciar-se sobre a sua eventual participação direta.


Nota do editor 

A China tem estado “reticente” em participar da guerra na Síria de modo efetivo, porque está com planos para outra área do mapa, na qual tem colocado mais empenho. O Mar do Sul é um dos pedaços mais almejados pelo regime de Pequim, e por conta dos avanços do país, várias autoridades locais, inclusive ocidentais, têm estado em alerta, pela ameaça iminente que o regime representa naquela região. Como reproduzi na semana passada pelo EpochTimes: "A China tem recentemente implementado jatos, radares e mísseis antiaéreos em ilhas no Mar do Sul da China. Além disso, ela está construindo uma nova base de guerra antissubmarino para helicópteros, juntamente com pontos de reabastecimento espalhados pela região.".

Sua falta de engajamento não pode ser considerada como outra coisa, a não ser estratégia, pois muitas mudanças políticas estão ocorrendo, e a mais dramática – e eu diria – decisiva, está para acontecer nos Estados Unidos. A presença da OTAN naquela região do Mar do Sul é importante para a manutenção da paz, mas Pequim não tem mostrado preocupações com possíveis retaliações. Dependendo do próximo Presidente americano, tudo pode acontecer naquela região, inclusive uma luta acirrada entre Austrália e as forças navais chinesas, que já estão recebendo aviso de que qualquer tentativa de desrespeitar a soberania das águas de outros países, a resposta será tão severa quanto à infração. Fora os avisos da Marinha Americana e da OTAN. 

Um comentário:

  1. Se as economias mundiais ditas "liberais e democráticas" desde o início recusassem a compactuar com a exploração e o desrespeito aos direitos dos cidadãos feitos pelo governo de Pequim essa situação não estaria assim. A sanha da globalização parece justificar tudo, o alto lucro gerado pela mão de obra barata parece ser capaz de aplacar possíveis conflitos de consciência. As economias ditas liberais deveriam rechaçar o governo de Pequim com um embargo econômico. Dessa maneira gostaria de ver quanto tempo ela iria segurar a situação com dos chineses só comendo parafusos e componentes eletrônicos de terceira categoria.

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