5 de mar. de 2016

China começa a construir base militar no nordeste da África




Epoch Times, 02 de março de 2016



Por Joshua Philipp



A base será utilizada para ampliar o alcance de suas forças armadas e controle de rotas comerciais na região

O regime chinês iniciou a construção de uma base militar em Djibouti, nordeste da África, que será utilizada para ampliar o alcance de suas forças armadas.

“Atualmente, a construção da infra-estrutura das instalações já começaram, e a China enviou pessoal especializado para Djibouti para realizar o trabalho”, disse o coronel Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, em uma conferência de imprensa em 25 de fevereiro deste ano.

Qian disse que “o apoio logístico estará entre as principais funções da base”. Ele alega que o regime chinês utilizará a base para missões de escolta de navios, através do Golfo de Aden ao largo da costa da Somália, e também para a “manutenção da paz e assistência humanitária.”

Entretanto, outras autoridades chinesas, manifestam que a base servirá uma agenda mais agressiva.

Recentemente, um importante General do Exército Chinês, Liang Qiao, incentivou o Regime a atacar a economia dos Estados Unidos, para “minar o estilo de vida da América”.

Liang é Major General e professor da Universidade Nacional de Defesa do Exército Popular da Libertação (EPL). Sua mensagem foi expressada em um artigo publicado no China Militar Online, mídia oficial do EPL.

No artigo, Liang descreve que para essa estratégia dar certo, o Partido Comunista Chinês (PCC) deve aumentar sua influência sobre importantes rotas comerciais como: o Mar do Sul da China, o Estreito de Malaca, o Porto de Gwadar e a Ferrovia China-Paquistão.

A base militar do EPL, em Djibouti, está localizada na entrada do estreito de Bab el-Mandeb, local onde são transportados cerca de 3,2 milhões de barris de petróleo todos os dias.

Liang é um dos dois oficiais do EPL que escreveu o livro de 1999: “Unrestrited Welfare”, que se tornou um roteiro para o uso da guerra pouco convencional da China, que vai desde manipulação de moeda a ataques cibernéticos.

O escritor, que recentemente publicou sua opinião na mídia chinesa, observa que a China esta tecendo uma estratégia de longo prazo para controlar pontos estratégicos de valor geopolítico, ele disse que “para conter efetivamente os Estados Unidos, os outros países devem pensar mais sobre como cortar o fluxo de capital destinado a eles, enquanto formulam suas estratégias”.


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