5 de mar. de 2016

A Grande Muralha da Europa – Hungria divide o continente em dois com uma cerca enorme para parar o fluxo de imigrantes




ExpressUK, 05 de março de 2016.




Por Nick Gutteridge 



“A Hungria está se preparando para dividir a Europa em dois, através da construção duma enorme rede de cercas ao longo de toda sua fronteira sul, em uma tentativa desesperada de parar o fluxo de imigrantes ilegais”, Por Nick Gutteridge.

Prudentemente o Primeiro Ministro Viktor Orbán anunciou hoje planos para construir 280 milhas de barreiras de arame farpado que irá selar o seu país para fora da Europa Meridional. 

O muro vai juntar-se com aqueles atualmente implantados ao longo das fronteiras da Hungria com a Sérvia e a Croácia, para criar uma barreira impenetrável para os imigrantes que se dirigem para o norte, para Alemanha e Escandinávia. 

Orbán se denominou repetidamente como um defensor da Europa Cristã, ignorando os apelos dos burocratas da União Europeia (EU) para abrir as fronteiras de seu país para milhões de imigrantes. 




Ele insiste que a Hungria está protegendo o resto do continente do fluxo de refugiados por meio da construção duma barreira que irá dissuadir os imigrantes a fazer a viagem de volta. 

A cerca, ao longo da fronteira com a Romênia, irá criar uma enorme barreira cortando o norte da Europa, desde os Bálcãs inferiores. Uma vez concluída, os imigrantes só serão capazes de viajar pelo continente espremendo-se através da minúscula Eslovênia, ao Ocidente, ou arriscar caminhar através da Ucrânia devastada pela guerra, até o Oriente.  

Os últimos planos enfureceram ainda mais Bruxelas, deixando a Hungria sob a pressão do seu sistema de deportação controverso, que poderá fazer com que os requerentes de asilo sejam expulsos do país em assim que chegarem. 

Depois disso o Ministro de Imigração da Grécia avisou que 70.000 pessoas vão ficar presas em seu país depois que chegarem de barcos provenientes da Turquia. 

Na Macedônia, ao norte, recusam-se a deixar passar quem não for da Síria ou do Iraque, em uma tentativa de impedir o fluxo de imigrantes, mas os líderes gregos na política alertaram que isso está transformando o seu país em um “cemitério de almas”. 

O impenitente Orbán esta noite protestou contra a União Europeia e a Alemanha culpando-as por sua abordagem de braços abertos para imigração, como sendo causadora dessa crise sem precedentes. 

Em seu discurso anual de estado o Senhor Orbán descreveu a reação da União Europeia à crise de refugiados como sendo “absurda”, e disse que está deliberadamente fazendo nenhum esforço para parar o fluxo. 

Durante um discurso contundente, e muitas vezes interrompido por aplausos, ele comparou os burocratas de Bruxelas com um capitão dum navio que vai em direção as rochas e que passa o tempo todo “indicando botes salva-vidas para não fumantes em vez de tentar evitar a colisão”.

Ele se enfureceu: “Já é ruim o suficiente que Bruxelas não consegue organizar a defesa da Europa, mas é pior ainda a falta de vontade. 
O futuro da Europa está em perigo, principalmente, não por causa daqueles que querem vir para cá, mas por causa desses líderes políticos,economistas e intelectuais que estão tentando transformar a Europa contra a vontade dos povos europeus.Então nós vamos ensinar a Bruxelas, e aos traficantes de seres humanos e aos imigrantes que a Hungria é um país soberano”. 

E ele acrescentou: “Nós não podemos resolver os problemas demográficos da população europeia, que está inegavelmente diminuindo e envelhecendo, com os muçulmanos, sem perder o nosso estilo de vida e nossa segurança. Aqueles que vêm para cá não tem intenção de se adaptar ao nosso estilo de vida”. 

E ele praguejou: “Se necessário, nos vamos nos proteger durante todo o percurso da Eslovênia até a Ucrânia”. 

No ano passado a Hungria provocou polêmica por causa da construção duma fronteira de 110 milhas ao longo da fronteira com a Sérvia, para parar o grande número de imigrantes que entravam no país. 

Quando os refugiados começaram a vir através da vizinha Croácia, desta vez Orbán cercou o caminho mais uma vez. 

Desde então, ele se recusou a cooperar com o Bruxelas na redistribuição dos requerentes de asilo, alegando que a União Europeia está criando um “sistema de redistribuição permanente e obrigatório”, que vai permitir que uma imigração sem precedentes no futuro.

Conservador, Orbán tem sido repetidamente um oponente da imigração em massa, alertando que um grande número de refugiados muçulmanos vai mudar a cultura da Europa para sempre. 

No mês passado, ele congratulou-se com a Áustria por conseguir limitar o número de imigrantes que deverá aceitar, dizendo que era “a noticia mais importante dos últimos meses”.


Ele disse: “O senso comum prevaleceu a Europa não pode mais tomar essas enormes massas de pessoas estrangeiras de forma ilimitada, e descontrolada. O melhor imigrante é o imigrante que não vem”.


Fonte:http://www.express.co.uk/news/world/648269/Hungary-plan-fence-border-Romania-migrants-refugees-crisis-Viktor-Orban-Schengen

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