FM Børge Brende aplaude conforme o representante do governo filipino Jesus Dureza e o representante comunista Luis Jalandoni anunciam o cessar-fogo |
The Local NG, 26 agosto de 2016.
O governo filipino e os guerrilheiros comunistas concordaram em uma extensão indefinida de um cessar-fogo para facilitar as negociações sobre um acordo de paz, com a Noruega como mediadora, foi anunciado nessa sexta-feira.
O governo filipino e os guerrilheiros comunistas assinaram nessa sexta-feira um acordo de cessar-fogo indefinido para facilitar as conversações de paz destinadas a acabar com uma das insurgências mais longas da Ásia.
“Este é um evento histórico e sem precedentes... (mas) ainda há muito trabalho a ser feito pela frente”, disse o assessor de paz do presidente Rodrigo Duterte, Jesus Dureza, durante a cerimônia de assinatura na Noruega, que é quem está mediando as conversações.
Ambos os lados concordam em implementar cessar-fogo unilateral que seja ilimitado, algo que nunca foi alcançado antes no processo de paz.
O ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês Borge Brende descreveu o acordo como “um grande avanço.”
Os dois lados têm-se reunido em Oslo desde segunda-feira, até o encerramento com a cerimônia de assinatura nessa sexta-feira.
Como um prelúdio para as negociações, cada lado concordou em um cessar-fogo, mas o compromisso de trégua do lado comunista devia terminar no sábado.
As duas partes também concordaram durante as negociações “acelerar o processo de paz, que tem como objetivo alcançar o primeiro acordo substancial sobre reformas econômicas e sociais dentro de seis meses”, foi dito num comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Noruega.
“Eles pretendem acompanhar esta questão com um acordo sobre reformas políticas e constitucionais, antes de um acordo final sobre o fim do conflito armado poder ser assinado.”
As duas delegações concordaram em se reunir novamente em Oslo em 08-12 de outubro.
O Partido Comunista das Filipinas lançou uma rebelião em 1968 que até agora custou a vida de 30.000 pessoas, segundo estimativas oficiais.
Sua facção armada, o Novo Exército do Povo (NPA), é acreditado agora como tendo menos de 4.000 homens, um número bem abaixo dos 26.000 que tinha na década de 1980, quando uma revolta sangrenta terminou com a ditadura de 20 anos do falecido presidente Ferinand Marcos.
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