29 de mar. de 2016

Estudo revela genocídio de crianças com Síndrome de Down devido ao aborto na Espanha






ACI, 29/03/2016



Por Joana Ortiz Fernández




MADRI, 29 Mar. 16 / 06:00 pm (ACI).- “Quando me entregaram meu filho, abriram a porta, colocaram o berço do bebê, me disseram ‘seu filho tem uma síndrome’, e fecharam a porta”, relata uma mãe. Seu bebê nasceu com Síndrome de Down.

Na segunda-feira, 21 de março, foi comemorado o Dia Mundial da Síndrome de Down e por isso, Teresa Vargas quis recolher em sua tese de doutorado os testemunhos de 352 mães de crianças com trisomia 21, todas elas são menores de 11 anos. A maioria relatou a incapacidade dos médicos para dar a notícia. “Não estão preparados nem formados”, sentenciam.
Outras relatam recriminações. “Poucas horas depois que o meu filho nasceu, uma enfermeira me perguntou como havia deixado que o meu filho nascesse, com os adiantamentos que existem hoje em dia”, aponta uma mãe. “Me criticaram por não ter feito antes a amniocentese”, lamenta outra.

A autora explica que a ausência de informação acerca da Síndrome de Down supõe que o aborto seja a primeira opção que oferecem às famílias. Além disso, muitas delas afirmam não estar informadas sobre as provas médicas as quais eram submetidas e criticam a desamparo psicológico da equipe médica que lhes atendia.

Cerca da metade dos profissionais, afirma o estudo, pressionam as mães a fim de que abortem. “Ao receber a notícia, o médico me falava para voltar no dia seguinte e praticar o aborto, pois já não havia um prazo legal para fazê-lo”, explica uma das mães nesta tese.

O genocídio de crianças com Síndrome de Down

O estudo demonstra que existe uma redução “significativa” na cifra de Down. Segundo o estudo Epidemiológico de Má Formações Congênitas (ECEM) elaborado pelo governo, a cifra de Downs entre 1980 e 1985 era de 14,78 a cada 10.000 partos. Esta cifra diminuiu aos 10,04 de 1986 a 2009. Em 2010, foi de 7,23 e, em 2011, último dado oficial, de 4,84.

Estas reduções são atribuíveis, fundamentalmente, ao impacto do aborto, pois logo após o diagnóstico, muitos pais tomam esta decisão”, conclui o relatório epidemiológico.

É uma pressão inaceitável”, afirmam associações como Down Espanha, Down Madri e a Fundação Talita, as quais colaboraram na tese. “Todas elas pedem um protocolo de comunicação no qual as associações e os pais tenham um papel destacado”, assinala Vargas.

Down a Espanha e sua campanha de sensibilização social

Precisamente e para comemorar este dia, Down Espanha lançou ‘O reencontro’, sua nova campanha para aumentar a sensibilização social e a visibilização das pessoas com esta deficiência intelectual.

O vídeo relata uma emotiva história que pretende aproximar da sociedade a forma de ser das pessoas com Síndrome de Down, mostrando suas aptidões, qualidades e valor. Além disso, sublinha o importante trabalho dos familiares, companheiros e todos que apoiam às pessoas com Down.

O anúncio busca manifestar uma evidência positiva: o enorme grau de respeito e tolerância com esta deficiência que as crianças e jovens têm hoje em dia. Porque, embora na campanha sejam os avós quem recebem o presente, os verdadeiros protagonistas são seus netos, que através de suas ações demonstram que “a felicidade não entende de cromossomos”.

Publicado originalmente em Actuall.


Nota do editor 

Quando se faz necessário criar campanhas para sensibilizar as pessoas das condições de seu próximo, então, meus amigos, isso significa que é o fim da civilização como a conhecemos. Eu me recordo de certa feita de ter dito que, nas Nações Unidas (ONU, como é vulgarmente conhecida), faziam um dia para comemorar ou prestigiar pessoas com Down. O mais macabro na organização – pois, se você não sabe, é uma organização fundada também por antigos membros soviéticos ainda em função – é que essa organização promove o aborto de modo desvairado, incluindo, é claro, crianças com Síndrome de Down.

Na França, também há um número desproporcional de abortos de crianças com Síndrome de Down – a ironia nesse fato também é que a França é tida como percussora dos direitos humanos. Então estamos assim: temos duas organizações – uma que diz promover os direitos humanos universais, e boa parte destes direitos baseados nas resoluções de direitos humanos universais franceses – e a outra – que promove as mesmas políticas, e é tida como o bastião dos direitos humanos, no qual a organização de nações se espelha. É ou não é um mundo de gente louca e insensível? 

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