China e Rússia ganham influência na África devido à desajeitada política externa de Biden

Os mercenários russos, anteriormente conhecidos como grupo Wagner, continuam a expandir a sua presença em África, em detrimento da influência cada vez menor dos EUA

LDD, 05/06/2024 

Por Oriana Rivas 

Dois golpes de Estado em Burkina Faso em 2022, outro no Gabão ocorrido em 2023 e o último no Níger em março reafirmam a histórica instabilidade nesse continente, e a incapacidade da administração democrata de fazer controle de danos. É um terreno fértil onde Xi Jinping e Putin estão aumentando sua influência.

Revisar os fracassos na política externa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é chover no molhado. Eventos como o retorno dos talibãs ao poder no Afeganistão após a retirada caótica das tropas americanas, a falta de uma posição firme contra a China diante das crescentes ameaças sobre Taiwan, ou sua ambiguidade frente à guerra em Gaza fazem com que ele seja visto como um líder fraco, incapaz de impor limites que reforcem seu papel de líder da maior potência mundial frente a outros atores internacionais que buscam tomar esse posto.

Arábia Saudita se junta ao BIS e ao projeto de moeda digital do banco central liderado pela China

Reuters, 05/06/2024 

Por Marc Jones 

LONDRES, 5 de junho (Reuters) – A Arábia Saudita se juntou a um teste de moeda digital do banco central dominado pela China, em um movimento que pode ser mais um passo para que menos comércio de petróleo no mundo seja feito em dólares americanos.

O movimento, anunciado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) nesta quarta-feira, fará com que o banco central da Arábia Saudita se torne um "participante pleno" do Projeto mBridge, uma colaboração lançada em 2021 entre os bancos centrais da China, Hong Kong, Tailândia e Emirados Árabes Unidos.

Austrália desiste de tentar censurar a plataforma X após desafio legal sobre liberdade de expressão

RTN, 05/06/2024 

Por Cindy Harper 

O comissário de segurança eletrônica da Austrália abandonou a ação judicial para obrigar a plataforma de mídia social de Elon Musk, X, a censurar postagens sobre um esfaqueamento em uma igreja em Sydney. A comissária Julie Inman-Grant anunciou a decisão após vários contratempos no tribunal e a expiração de uma ordem temporária para ocultar as filmagens.

Inman-Grant enfatizou que a escolha de abandonar o caso foi feita após considerar múltiplos fatores, incluindo litígios em andamento em outros assuntos. Ela afirmou: “Nosso único objetivo e foco ao emitir nosso aviso de remoção foi impedir que essas filmagens extremamente violentas se tornassem virais, potencialmente incitando mais violência e causando mais danos à comunidade australiana, e apoio meus investigadores e as decisões tomadas pela eSafety.”

Primeiro caso fatal humano de gripe aviária H5N2 identificado: OMS

IP, 05/06/2024 

Uma pessoa morreu de gripe aviária no México no primeiro caso confirmado de um humano infectado com a variante H5N2, disse a Organização Mundial da Saúde nesta quarta-feira.

O homem de 59 anos, que morreu em 24 de abril após desenvolver febre, falta de ar, diarreia e náusea, “não tinha histórico de exposição a aves domésticas ou outros animais” e apresentava “múltiplas condições médicas subjacentes”, disse a OMS em um comunicado.

O residente do Estado do México foi hospitalizado na Cidade do México e morreu no mesmo dia, informou o comunicado.

Prisão de advogado de direitos humanos em Uganda expõe uso do ID nacional para vigilância

BU, 05/06/2024 

Por Abigail Opiah 

A recente prisão de um advogado de direitos humanos ugandense destaca a vigilância do país e o controle governamental através do uso do cartão de identificação nacional.

Introduzido pela Autoridade Nacional de Identificação e Registro (NIRA) há quase uma década, o cartão de identificação nacional de Uganda foi inicialmente promovido como uma solução para agilizar processos administrativos e fortalecer os serviços aos cidadãos.

Meta começa a treinar IA com dados dos usuários, dificultando a opção de exclusão

RTN, 03/06/2024 

Por Didi Rankovic 

Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento sobre como a interface/experiência do usuário (UX) e também o comportamento do usuário funciona dirá que "configurações padrão são rei".

É por isso que a capacidade de "optar por sair" (ou seja, remover-se de um recurso configurado como padrão), embora pareça justa à primeira vista, é na verdade muitas vezes uma escolha deliberada para prejudicar os interesses dos usuários, contando com a inércia deles.

Mas, quando até mesmo essa opção é degradada para algo que alguns chamam de "quase impossível de optar por sair" – as coisas começam a parecer realmente ruins.