ZH, 21/12/2023
Por Tyler Durden
Após a reunião entre o presidente Joe Biden e o presidente Xi Jinping no evento de Cooperação Económica Ásia-Pacífico em São Francisco no mês passado, as esperanças de desescalada nas relações sino-americanas parecem ter desmoronado, depois que a China anunciou controles de exportação de terras raras.
A China é o maior processador mundial de terras raras e proibiu a exportação de tecnologia para extrair e separar metais de terras raras, de acordo com a Bloomberg, citando um documento do Ministério do Comércio.
A medida surge num momento em que Washington e os seus aliados tentam reduzir a dependência do domínio chinês sobre o mercado global de terras raras. Existem 17 metais de terras raras e Pequim controla cerca de 85% da capacidade global de refino. Esses metais são encontrados em tudo, desde veículos elétricos a turbinas eólicas e equipamentos militares.
Pequim atingiu os EUA pela primeira vez com proibições de exportação de gálio e germânio em julho, devido à sua indignação com a proibição mais ampla de exportação de chips semicondutores do governo Biden. Olho por olho, hein?
Num relatório separado durante a noite, o Wall Street Journal citou fontes que disseram que a administração Biden está considerando tarifas sobre certos produtos chineses, como veículos elétricos, para fortalecer o sector de energia limpa dos EUA. Isto pode dever-se aos produtos chineses baratos de energia limpa que inundam o mercado, numa altura em que a energia solar, a eólica e o hidrogénio estão num ciclo de crise.
A ampliação das restrições à exportação por parte de Pequim, sublinha como o Oriente e o Ocidente, estão usando como arma matérias-primas industriais e tecnologias um contra o outro. A principal questão para o Ocidente é que tem uma grande reorientação da visão da cadeia de abastecimento, mas está longe de se tornar uma realidade.
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