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24 de fev. de 2022

Rússia contesta soberania de Israel sobre as Colinas de Golã e Jerusalém após governo apoiar a Ucrânia

Dmitry Polyanskiy


JP, 24/02/2022 



Por Tovah Lazaroff 



"A Rússia não reconhece a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que fazem parte da Síria", disse o vice-embaixador russo.

Moscou contestou a soberania israelense sobre as Colinas de Golã e Jerusalém pouco antes de seu ataque à Ucrânia.

A Rússia não reconhece a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que fazem parte da #Síria”, disse seu vice-embaixador, Dmitry Polyanskiy, ao Conselho de Segurança da ONU, que realizou um debate sobre o conflito israelo-palestino na quarta-feira.

A reunião mensal do Conselho de Segurança ocorreu enquanto a Assembleia Geral debatia a crise russo-ucraniana.

Polyanskiy falou poucas horas depois que Israel quebrou sua neutralidade no conflito, ao fazer um gesto em apoio à Ucrânia.

Moscou se apresentou em seu conflito com a Ucrânia como apoiadora da população de língua russa nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia.

No Conselho de Segurança, a Rússia lembrou a Israel que está com a Síria, onde está militarmente entrincheirada, em relação à exigência de Damasco de que Israel devolva Golã, que as IDFs capturaram durante a defensiva Guerra dos Seis Dias em 1967.

Israel anexou o Golã em 1981, mas até hoje, os Estados Unidos são o único país que reconhece essa soberania. Em dezembro, o gabinete aprovou um plano de NIS-1 bilhão para aumentar a população de Israel em Golã, inclusive através da criação de duas novas cidades.

Polyanskiy lembrou dessa decisão quando disse que a Rússia estava “preocupada com os planos anunciados de Tel Aviv para expandir a atividade de assentamento nas Colinas de Golã ocupadas, o que contradiz as disposições da Convenção de Genebra de 1949”.

Ele também questionou indiretamente em seus comentários com a soberania israelense sobre Jerusalém, incluindo Jerusalém Ocidental.

Em 2017, Moscou disse que reconhecia o oeste de Jerusalém como a capital de Israel. Mas Polyanskiy pareceu ignorar na quarta-feira esse reconhecimento do governo de Israel, usando Tel Aviv como sinônimo de governo de Israel.

É uma frase usada apenas por aqueles países que pretendem transmitir que não reconhecem a soberania israelense sobre qualquer parte de sua capital.

Nota do autor do blog: Os soviéticos reconheceram Israel em 1948, mas com o intuito de que o país se tornasse seu apoiador após seu estabelecimento. Após Israel se afastar da esfera de influência soviética, e pender para o Ocidente, a URSS começou uma campanha sistemática antissemita sobre Nikita Khrushchev. A URSS organizou grupos guerrilheiros islâmicos, e deu a eles aulas de sabotagem e terrorismo. Hoje, a Rússia apoia e reúne o mundo islâmico sob uma única bandeira, assim como Hitler fez ao firmar acordos com o imã palestino, Haj Amin Al-Hussein, que influenciou a criação da Irmandade Muçulmana mais tarde no Egito. No período da Segunda  Guerra Mundial, os muçulmanos queriam Jerusalém sob o seu controle, mas os britânicos dominavam a região, na qual permitiam parcialmente o assentamento de judeus. O apoio que Hitler recebeu do mundo islâmico só foi possível depois que o líder ocultista da nação alemã salientou seu ódio aos judeus, e ao Ocidente, como empecilho para seus planos de conquista. Hoje a Rússia reúne todas as características da Alemanha de Hitler: é uma ditadura militarista, fascista, e profundamente ocultista, pois controla uma religião que tem como objetivo central sacralizar o líder da nação, e seus ideais. Israel manteve uma política de neutralidade com a Rússia após a dissolução da URSS, mas essa postura terá de mudar.

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Fonte:https://www.jpost.com/middle-east/article-698512

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