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19 de abr. de 2019

Petrolífera russa Rosneft ajuda Maduro a escapar das sanções americanas





Panampost, 19 de abril de 2019 








A petroleira estatal russa pediu para censurar a Reuters por revelar que ela é a “salvação” da ditadura na Venezuela. 

O setor de imprensa da petrolífera russa Rosneft, pediu ao Kremlin que proibissem a presença da Reuters no país, que segue relatando sobre a Venezuela e como a empresa russa usa um “wild card” para comercializar com Maduro o petróleo venezuelano e contornar as sanções internacionais. 


De acordo com o jornalista Anatoly Kurmanaev, a estatal petrolífera ficou incomodada com o relatório da Reuters porque poderia ser afetada pelas sanções dos Estados Unidos. 


A Rosneft diz que vai pedir às autoridades russas para proibir a Reuters na Rússia depois que a agência informou que a petrolífera cobrou encargos da PDVSA (…) Alguém está preocupado com as sanções”, disse o repórter. 


Depois do relatório revelador, a gigante russa do setor energético disse que considera essencial apresentar uma queixa aos serviços competentes “para pôr fim à atividade ilegal de pseudos jornalistas em território russo”, em referência à Rússia. 

O que a Rosneft não quer que os Estados Unidos saibam. 

O artigo publicado pela agência de notícias revela que, para conseguir dinheiro, Nicolás Maduro usaria o estado russo por meio da empresa Rosneft. 

A ditadura na Venezuela canalizaria o fluxo de caixa das vendas de petróleo através da Rosneft. Aparentemente, a PDVSA começou a aprovar as contas de suas vendas de petróleo. 

O esquema descoberto pela Reuters revela que a companhia petrolífera russa “paga imediatamente à PDVSA um desconto no preço de venda e cobra o valor total posteriormente ao comprador”. 

Ela explica que a PDVSA pediu a seus principais compradores, como a Reliance Industries Ltd., da Índia, que pagassem à Rosneft pelo petróleo venezuelano; isto foi confirmado por uma fonte à Reuters. 

Eles fizeram pagamentos a empresas russas e chinesas por petróleo venezuelano”; ele acrescentou que os desembolsos foram descontados do dinheiro que a Venezuela devia a esses países, mas não forneceu mais detalhes. 

Rússia resgata Maduro de sua queda. 

Vladimir Putin não concorda em nenhuma circunstância que Nicolás Maduro abandone o poder, especialmente depois de receber grande parte das riquezas venezuelanas. 

Com a economia venezuelana devastada por mais de cinco anos de recessão, o governo de Nicolás Maduro tem se voltado cada vez mais para a Rússia em busca do dinheiro e do crédito que precisa para sobreviver, oferecendo preciosos ativos petrolíferos estatais em troca. 

A Rosneft detém participações minoritárias em seis joint ventures com a PDVSA da Venezuela, que produzem 171.000 barris por dia, além de fornecer quantidades substanciais de dinheiro para o petróleo venezuelano, uma dívida cujo pagamento é garantido com entregas em espécie, ou seja, óleo. 

Através da Rosneft controlada pelo Estado, a maior empresa de energia russa, Moscou adquiriu a posse de parte de vários campos de petróleo venezuelano: PetroMonagas (40%), Petromiranda (32%), Petroperijá (40%), Boqueron (26,6%), Petrovictoria (40%) e Junín 6 (mais de 30%). 

E agora, Rússia, China, Índia e Turquia se tornaram a “salvação” de Nicolás Maduro. Devemos lembrar as declarações do líder da oposição russa Alexei Navalni, que assegurou que a Rússia financia o regime de Nicolás Maduro. 

Em 2017, a gigante petrolífera russa Rosneft transferiu seis bilhões de dólares para a Venezuela por adiantamentos para o fornecimento de petróleo venezuelano. 

Deve-se notar que em dezembro de 2016 foi descoberto que Nicolás Maduro secretamente hipotecou a refinaria da Citgo na Rússia para um empréstimo milionário. 

A petrolífera venezuelana PDVSA concedeu virtualmente o controle de refinaria nos Estados Unidos à Rosneft, estatal russa. 

Se a Citgo ou a PDVSA não cumprissem o pagamento, a empresa estatal russa Rosneft poderia possuir grandes refinarias de petróleo e oleodutos nos Estados Unidos.

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