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5 de dez. de 2018

Crise no Mar de Azov afeta economia europeia




Euronews, 05 de dezembro de 2018 



Por Ana Lazaro 



A União Europeia está "extremamente preocupada" com as crescentes tensões entre a Rússia e a Ucrânia no Mar de Azov, segundo a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.
As atividades no Mar de Azov atrasam muitíssimo o movimento dos navios que ostentam bandeiras dos países membros da União Europeia  
– Federica Mogherini
Chefe da diplomacia, União Europeia


Não só porque é um novo desafio para a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, mas também porque desacelera a atividade da marinha mercante.

"As atividades no Mar de Azov atrasam muitíssimo o movimento dos navios que ostentam bandeiras dos países membros da União Europeia, de modo que estamos já a sofrer impacto nas nossas próprias economias", disse Mogherini à entrada para o segundo dia da reunião da NATO, em Bruxelas, ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros.

A Ucrânia pede à União Europeia que reforce as sanções econômicas contra a Rússia, nomeadamente para atingir as companhias de navegação e os portos russos.

Do ponto de vista militar, a Ucrânia tem instado a NATO a enviar mais navios de guerra para o Mar Negro.

"Eu gostaria de ver os países europeus e os restantes membros da NATO a serem mais ágeis e a estarem mais disponíveis para reagir rapidamente. No entanto, compreendemos que decisão envolve muitas pessoas e leva tempo", disse, à euronews, Ivanna Klympush-Tsintsadze, vice-primeira-ministra para a Integração Europeia da Ucrânia, de visita ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.

"Está em causa não apenas uma ameaça para a Ucrânia, mas também para a segurança europeia. Infelizmente, alguns políticos europeus preferem fechar os olhos a este problema", concluiu.


O presidente russo, Vladimir Putin, tem acusado o homólogo ucraniano, Petro Poroshenko, de alimentar esta crise para obter vantagens políticas na campanha eleitoral que se avizinha.

"Poroshenko é muito bom a criar situações de crise e provocação. De imediato, coloca as culpas na Rússia por aquilo que ele próprio fez. No final, diz que resolveu eficientemente problemas dos quais não era responsável", disse Putin, esta quarta-feira.

A União Europeia disse que está a ponderar “medidas apropriadas e direcionadas” para lidar com a situação e o tema será abordado pelos chefes da diplomacia, no Conselho Europeu de 10 de dezembro.

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