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21 de set. de 2018

‘Teologia inclusiva’ é areia ideológica que levará igrejas ao colapso, alerta bispo anglicano




Gospel Notícias, 20 de setembro de 2018 






Uma catedral da Igreja Anglicana na cidade de Ely, na Grã-Bretanha, anunciou que usaria uma bandeira com as cores da militância LGBT durante a Parada Gay, como forma de expressar apoio à “inclusão”. Esse anúncio serviu para que um líder anglicano ordenado, se pronunciasse contra esse movimento, parte da chamada “teologia inclusiva”, referindo-se a ele como “blasfêmia”.

O tremular de uma bandeira do orgulho gay sobre uma catedral é mais do que uma contradição, constitui uma blasfêmia”, protestou o bispo Gavin Ashenden, um missionário para a Inglaterra que rejeitou sua ordenação na Igreja da Inglaterra (e sua posição como capelão honorário à rainha Elizabeth II), mas continua ligado à Igreja Anglicana global.


A declaração, dada ao portal PJ Media, faz parte de um argumento do bispo contra o movimento da “teologia inclusiva“. Ashenden entende que essa linha interpretativa distorce as Escrituras para “colocar palavras na boca de Deus”.

Ashenden citou Romanos 1 para reforçar seu argumento: “A identidade e a prática sexual distorcidas são diagnosticadas por Paulo como um sintoma de idolatria. Ele adverte que, quanto mais a sociedade vira as costas para o Deus vivo, mais as pessoas experimentam o mal-estar e a desintegração. Isso se expressa parcialmente em uma confusão de identidade sexual e igualmente pela ausência de continência”.

Em contraste, a tradição judaico-cristã é uma jornada para uma pureza sexual e psicológica mais profunda, dentro dos parâmetros da ordem criada por Deus”, explicou o líder anglicano.

O bispo Ashenden enquadrou a discussão em termos de um ataque cultural ao cristianismo: “O atual ataque cultural e ideológico à Igreja toma a forma de um ataque à integridade conceitual do casamento e da família. Ela particularmente se propõe a minar a integridade da igreja sobre a natureza das categorias ‘binárias’, homem e mulher se unindo para co-criar como agentes de Deus”, conceituou.

Tragicamente, “em vez de resistir a este assalto, partes da igreja o recebeu” na forma da “teologia inclusiva”: “Rasgaram um pedaço do contexto de Paulo, fizeram com que ele dissesse o contrário do que pretendia”, lamentou o bispo.

Em vez de seguir Romanos 1, o ensinamento de Jesus sobre sexualidade e as claras condenações da atividade homossexual em Levítico, os cristãos “inclusivos” voltam-se para Gálatas 3:28, descontextualizando a declaração de que “não há judeu nem grego, não há escravo nem livre não há homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus”.

O argumento LGBT (de que os cristãos devem aceitar radicalmente as identidades LGBT nesta base) é exatamente o oposto do que Paulo pretendia”, argumentou Ashenden. “Paulo explorou as categorias básicas de antagonismos mútuos embutidos em sua cultura: judeus contra os gentios, homens contra as mulheres e os livres contra os escravizados. Uma vez que alguém definido por essas categorias de adversidades entrou em vida nova em Cristo, a vida batizada levou essas antipatias para uma nova identidade”, explicou.

Nenhum cristão pode ser verdadeiramente cristão se colocar um adjetivo categorizador definidor na frente de sua identidade”, explicou Ashenden. A passagem bíblica de Marcos 8: 34-38, mostra Jesus dizendo a Seus discípulos que quem quisesse segui-lo, deveria “negar a si mesmo, tomar sua cruz e seguir-me, pois quem quer que salvar sua vida [alma, identidade] a perderá, mas quem perdesse sua vida [alma, identidade] por minha causa, a encontrará

Seria ridículo descrever as pessoas como cristãs ‘heterossexuais’. É tão ridículo quanto definir as pessoas como cristãos ‘gays’. A questão não fica mais clara com a observação de que o próprio termo gay é muito desajeitado para atuar como um descritor do horizonte da incoerência sexual que se estende pelo espectro de LGBTIQCAPGNGFNBA, etc”, criticou o bispo.

Gavin Ashenden foi além, salientando que “de todos os adjetivos, o menos desejável seria um adjetivo denotando a perversão da identidade dada por Deus ou uma desordem de comportamento na pureza sexual como habilitada, experimentada e compreendida no Espírito Santo”, pontuou. “Mas é exatamente isso que o movimento do ‘orgulho gay’ se propôs a redefinir e minar a ética sexual cristã e a identidade teológica”.

Assustadoramente, isto coloca a própria igreja em desacordo com ela mesma, insistiu o bispo: “Ao tremular a bandeira do orgulho gay em uma catedral cristã, o clero indicou sua lealdade a uma ideologia de identidade sexual que está em total desacordo com a fé que a catedral foi construída para ensinar e incorporar”, explicou Ashenden. “Em vez disso, adotaram as categorias, a linguagem e a ética dos inimigos de Cristo e do seu reino. Uma igreja construída sobre esse fundamento, de areia ideológica, logo entrará em colapso”, previu.

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