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13 de jun. de 2018

Crise de Estupros Cometidos por Migrantes na Alemanha: Fracasso do Estado

Gatestone, 13 de junho de 2018 




  • "Susanna está morta. Maria de Freiburg, Mia de Kandel, Mireille de Flensburg e agora Susanna de Mainz..." — Alice Weidel, colíder do partido AfD.
  • "A morte de Susanna não é um golpe do destino. A morte de Susanna é o resultado de muitos anos de irresponsabilidade organizada e do escandaloso fracasso de nossas políticas de asilo e imigração. Susana é vítima de uma descontrolada ideologia multicultural de esquerda que não recua diante de nada para impor seu senso de superioridade moral. Susanna também é mais uma vítima da política hipócrita e egoísta da chanceler Angela Merkel de acolher migrantes de braços abertos." — Alice Weidel.
  • "No dia do assassinato de Susanna, você (Merkel) testemunhou no parlamento que você lidou com a crise dos migrantes com responsabilidade. Você se atreveria a repetir essa afirmação na frente dos pais de Susanna?" — Alice Weidel.

O estupro e assassinato de uma menina judia de 14 anos por um candidato a asilo iraquiano, cuja solicitação ao asilo havia sido negada, lançou um novo holofote na crise de estupros cometida por migrantes na Alemanha, que continua correndo solta há anos em meio à cumplicidade oficial e à apatia da população.

Milhares de mulheres e crianças foram estupradas ou abusadas sexualmente na Alemanha desde que a Chanceler Angela Merkel permitiu a entrada no país de mais de um milhão de migrantes, na maioria do sexo masculino, oriundos da África, Ásia e Oriente Médio.

O crime mais recente, totalmente evitável, é repreensível de forma singular, pois destaca em um ato apenas as múltiplas consequências malignas da política de portas abertas para a imigração da Alemanha, incluindo aí o malogro em checar os aprovados a ficarem no país e a prática de soltar migrantes criminosos para andarem livremente pelas ruas em vez de encarcerá-los ou deportá-los.

O crime também expõe a grave negligência da classe política alemã, que parece estar mais preocupada em preservar o multiculturalismo e os direitos de migrantes predadores do que proteger mulheres e crianças alemãs das investidas deles.

A polícia informou que Ali Bashar, curdo iraquiano de 20 anos, estuprou Susanna Maria Feldman, estrangulou-a e depois jogou seu corpo em uma matagal ao lado dos trilhos de trem nos arredores de Wiesbaden. Na sequência Bashar fugiu para o Iraque usando documentos falsos.

Feldman estava desaparecida em Mainz desde 22 de maio deste ano. Sua mãe registrou um boletim de ocorrência de pessoa desaparecida em 23 de maio. A polícia, no entanto, mais de uma semana depois, sequer começou a procurar a menina, quando um menino de 13 anos de idade, cujo nome não foi revelado, imigrante que morava no mesmo abrigo para refugiados que Bashar, entrou em contato com a polícia. Em 6 de junho o corpo de Feldman foi finalmente achado.


Bashar chegou na Alemanha em outubro de 2015, no auge do influxo de migrantes, juntamente com seus pais e cinco irmãos, alegando serem refugiados, vindo à tona posteriormente que eram migrantes econômicos. O pedido de asilo de Bashar foi rejeitado em dezembro de 2016. Ele deveria ter sido deportado, mas depois que entrou com um recurso, as autoridades alemãs deram autorização para que ele permanecesse no país.

Nos três anos que esteve na Alemanha, Bashar já era possuidor de uma longa lista de antecedentes criminais, incluindo agressão física a policiais, assalto violento com uso de faca e posse ilegal de armas.

A polícia disse que Bashar também era suspeito de estuprar uma menina de 11 anos em março de 2018, que morava no mesmo abrigo para refugiados onde ele e sua família estavam abrigados.

Bashar conseguiu fugir da Alemanha usando documentos falsos devido à incompetência burocrática: a polícia federal de fronteira não averiguou se o nome que constava na passagem de avião era o mesmo de seus documentos.

Bashar foi preso no norte do Iraque em 8 de junho, sendo extraditado um dia depois para a Alemanha. No momento ele está em um centro correcional para menores infratores em Wiesbaden.

Susanna foi a quarta adolescente alemã assassinada por migrantes ilegais nos últimos 18 meses.


  • 16 de outubro de 2016. Maria Ladenburger, estudante de medicina de 19 anos de Freiburg, foi estuprada e assassinada ao voltar para casa de uma festa patrocinada pela faculdade de medicina onde ela estudava. O agressor, de nome Hussein Khavari, entrou na Alemanha em novembro de 2015 sem documentos de identificação. Ele afirmou ter nascido no Afeganistão em novembro de 1999. Devido a sua alegada idade (16 anos), lhe foi concedido asilo de migrante menor de idade desacompanhado, sendo enviado a uma família adotiva.
Após Khavari ser preso como suspeito no caso de Ladenburger, a revista semanal Stern reportou em fevereiro de 2014, que Khavari havia sido condenado a dez anos de prisão por tentativa de assassinato por ter jogado uma mulher de 20 anos de um penhasco na ilha grega de Corfu. A mulher sobreviveu ao ataque e Khavari foi liberado depois de cumprir 18 meses de prisão, com base na anistia para delinquentes juvenis. Ele então migrou para a Alemanha.
Durante o julgamento na Grécia, Khavari disse ao tribunal que nasceu no Irã em janeiro de 1996 e que tinha chegado à Europa em janeiro de 2013.
Durante o julgamento na Alemanha, Khavari confessou ter estuprado e assassinado Ladenburger. Veio à tona que Khavari nasceu no Irã em 29 de janeiro de 1984 e que na época que ele matou Ladenburger, na realidade, tinha 32 anos. Em 22 de março de 2018 Khavari foi condenado à prisão perpétua por estupro e assassinato, mas de acordo com a lei alemã, ele pode pedir a concessão de livramento condicional depois de cumprir a pena por 15 anos.
  • 27 de dezembro de 2017. Mia Valentin, menina de 15 anos de Kandel, pequena cidade no estado federal da Renânia-Palatinado, próximo à fronteira da Alemanha com a França, foi esfaqueada até a morte em uma farmácia local. O agressor, Abdul Mobin, cuja solicitação de asilo havia sido negada, alegou ter 15 anos de idade.
Valentin e o agressor tiveram um caso durante vários meses, depois que ela terminou o relacionamento no início de dezembro de 2017, Mobin passou a ameaçá-la. Em 15 de dezembro, os pais da menina registraram um boletim de ocorrência na delegacia de polícia. A polícia esteve com Mobin em 17 de dezembro e mais uma vez na manhã de 27 de dezembro. Mais tarde naquele mesmo dia, Mobin seguiu Valentin até a farmácia e esfaqueou-a com uma faca de cozinha que ele havia comprado naquela mesma loja. A garota morreu pouco tempo depois.
Mobin chegou na Alemanha em abril de 2016 e residiu inicialmente em um abrigo para refugiados em Frankfurt. Mais tarde ele foi transferido para outro abrigo para refugiados em Germersheim, cidadezinha no estado federal da Renânia-Palatinado, depois para um centro correcional para menores infratores na vizinha Neustadt. Seu pedido de asilo foi rejeitado em fevereiro de 2017, mas ele não foi deportado. Mobin, conhecido da polícia por ter dado um soco em um estudante na escola de Valentin, encontra-se em custódia até que as autoridades alemãs determinem sua verdadeira idade.
  • 12 de março de 2018. Mireille Bold, uma menina de 17 anos de Flensburg, foi esfaqueada até a morte por Ahmad Gulbhar, candidato a asilo de 18 anos do Afeganistão. Ao que tudo indica ele ficou furioso e a matou por ela ter se recusado a usar o véu islâmico. Gulbhar chegou à Alemanha em 2015 como migrante menor de idade desacompanhado. Seu pedido de asilo foi rejeitado, mas ele nunca foi deportado.
Bold, que morava no mesmo edifício do agressor, pediu ajuda à polícia pelo menos uma vez antes de ser assassinada. Um amigo da família de Bold contou o seguinte ao jornal Bild:
"Ahmad é um machão ciumento que sempre quis controlá-la. Eles estavam se relacionando desde janeiro de 2016, as brigas eram constantes. Ele insistia que ela se convertesse ao Islã e que sempre usasse um lenço de cabeça.
"Ela não estava convencida. Sempre que ela saia sem o lenço de cabeça havia transtornos. Mireille me disse que ele fugiu sozinho do Afeganistão e tinha muita saudade de sua família. Supunha-se que ele tinha um emprego em uma empresa de engenharia civil. Certa vez ele ficou ligando para ela no celular a cada dois minutos querendo saber o que ela estava fazendo."
O atacante está detido em prisão preventiva.
Tal qual aconteceu com as mortes das outras adolescentes, o assassinato de Susanna provocou a habitual enxurrada de hipocrisia política e indignações 'para inglês ver' dos meios de comunicação alemães.

O nível da indignação pública em relação ao caso de Susanna, no entanto, sugere que para a Alemanha pode estar chegando a hora da onça beber água: o governo alemão está finalmente sendo responsabilizado por seu papel na crise de estupros cometidos por migrantes.

"O governo deve pedir desculpas aos pais de Susanna" ressaltou o jornal Bild, de grande circulação. "A única coisa pior que o assassinato de uma criança é o assassinato de uma criança por um criminoso que não deveria estar em nosso país."

O líder do Partido Liberal Democrata (FDP), Christian Lindner, assinalou que o crime levanta muitas perguntas: "por que os candidatos a asilo recusados não são deportados de maneira mais consistente? Por que o criminoso e sua família conseguiram fugir usando falsa identidade?"

"Isso é típico das agências de segurança alemãs", realçou Alexander Graf Lambsdorff, político do FDP. "Simplesmente há brechas demais nesse sistema. Isso tem sido terrivelmente perturbador por muitos anos a fio."

O primeiro secretário do SPD Carsten Schneider assinalou que o que precisa ser rapidamente esclarecido é "como o suspeito conseguiu fugir e como ele pode ser levado ao tribunal na Alemanha o mais rápido possível".

"O Ministro do Interior deve garantir que os mecanismos de controle existentes também sejam usados na entrada e saída do país" ressaltou Burkhard Lischka, porta-voz do SPD. "Com documentos tão suspeitos e tendo em vista o destino, a Polícia Federal poderia ter identificado por meio de uma simples comparação das impressões digitais que um criminoso estava em fuga."

"O cruel assassinato de Susanna me enche de enorme tristeza e raiva" disse Eckhardt Rehberg, da União Democrata Cristã (CDU). "Como político responsável pelo orçamento eu digo... todo o processo de asilo precisa ser reformulado de cima abaixo. Vamos providenciar os recursos para tanto."

O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) anti-imigração, pediu a renúncia de todo o governo federal. Em um vídeo postado no Twitter, a colíder do AfD, Alice Weidel assinalou:

"Susanna está morta. Maria de Freiburg, Mia de Kandel, Mireille de Flensburg e agora Susanna de Mainz...

"A morte de Susanna não é um golpe do destino. A morte de Susanna é o resultado de muitos anos de irresponsabilidade organizada e do escandaloso fracasso de nossas políticas de asilo e imigração. Susana é vítima de uma descontrolada ideologia multicultural de esquerda que não recua diante de nada para impor seu senso de superioridade moral. Susanna também é mais uma vítima da política hipócrita e egoísta da chanceler Angela Merkel de acolher migrantes de braços abertos.

"Legalmente Ali Bashar nunca deveria ter sido autorizado a entrar na Alemanha. Seu pedido de asilo foi rejeitado há mais de dois anos e ele deveria ter sido deportado. Bashar era conhecido por agredir fisicamente a polícia, atacar policiais e posse ilegal de armas. Em março de 2018 ele já era suspeito de estuprar uma menina de 11 anos em um abrigo para refugiados. De acordo com a lei, Bashar deveria ter sido obrigado a deixar a Alemanha há muito tempo ou ser preso.

"Uma lei de asilo absurda e uma política de asilo grotesca... são lenientes em relação aos trapaceiros e criminosos que se passam por candidatos a asilo, mas que ignora as genuínas preocupações dos cidadãos alemães."

"Ali Bashar, seus pais e cinco irmãos moravam aqui às custas do dinheiro do contribuinte, não podiam ser deportados, mas depois do crime de Ali eles, de alguma forma, conseguiram dinheiro para fugir da Alemanha com documentos falsos. Isso não é problema em uma Alemanha com fronteiras abertas.

"No dia do assassinato de Susanna, você (Merkel) testemunhou no parlamento que você lidou com a crise dos migrantes com responsabilidade. Você se atreveria a repetir essa afirmação na frente dos pais de Susanna? Bem, acho que não. Sua insensibilidade e falso moralismo significam que você se sente acima de dar às vítimas de suas políticas uma palavra pessoal de consolo. Isso é inaceitável para nós cidadãos. Você finalmente assumirá a responsabilidade, Sra. Merkel? Você e todo o seu gabinete devem renunciar para que seja possível implantar outra política de asilo para que os pais neste país não precisem mais temer pela segurança de seus filhos".

A revista semanal Stern conclui:

"As reações emocionais ao caso de Susanna ilustram como a Alemanha mudou. Já no verão da crise dos refugiados, quando centenas de milhares de pessoas entraram no país, houve advertências de que o humor da população poderia dar uma guinada de 180º..."

"O caso de Susanna desperta a imagem da perda de controle, um estado sobrecarregado que não tem mais controle sobre a política de asilo, especialmente em uma sociedade que ama a lei e a ordem. Já há repetidas demandas por leis mais rigorosas. O atual escândalo sobre a má administração no Departamento Federal para Migração e Refugiados (segundo o qual funcionários da imigração aceitaram propina em dinheiro em troca da concessão de asilo a mais de 1.200 migrantes) parece enfatizar a impressão do fracasso do Estado".
Soeren Kern é membro sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque.
Nota do autor: ratifico aqui que o fato do AfD ser citado neste artigo não significa que este autor [eu] concorda com o partido, pois, como já foi mostrado várias vezes, este autor tem objeções a respeito desse partido e os seus membros de modo até a expô-los. Portanto, não confundam a menção no artigo com um endosso. 
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