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14 de jun. de 2018

Argentina – Lei do aborto aprovada no Congresso e maracutaias do governo “conservador” de Maurício Macri

Novo líder do Movimento Feminista argentino


Sempre Família, 14 de junho de 2018 



Macri teria agido nos bastidores para aprovar o aborto na Câmara argentina


Dois deputados comprometidos com a causa pró-vida mudaram de voto no último momento; horas depois, sua província recebeu inesperadas verbas públicas

Fica cada vez mais claro para lideranças argentinas do movimento pró-vida que a derrota por três votos de diferença na votação sobre aborto não ocorreu por “força da democracia”, mas sim pela barganha de votos, prática tão conhecida pelos brasileiros. Fatos novos que surgiram no decorrer desta quinta-feira ajudariam a explicar a estranhíssima virada que favoreceu o lado abortista quando o debate encaminhava-se para o fim.



Conforme informações do site Actuall e de lideranças pró-vida envolvidas nas manifestações argentinas, até às 8h da manhã, após 23 horas de debate, a contagem de votos feita por meio das declarações de cada deputado em suas falas – e confirmada pela imprensa local – somava 128 contra o aborto e 126 a favor. O lado contrário ao aborto perdeu três votos nos últimos momentos. Dois desses votos foram de parlamentares da província de La Plata – Ariel Rauschenberger e Sergio Ziliotto – que haviam não só tornado público que votariam com os pró-vida como pediram para que suas posições fossem amplamente divulgadas.

Misteriosamente eles mudaram de ideia e, coincidência ou não, o Diário Oficial da Argentina publicou na tarde desta quinta (14/06) uma inesperada resolução – com data de 01/06 – determinava a transferência de verbas do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social para a província de… La Plata!

Além disso, nas redes argentinas, multiplicam-se testemunhos de pessoas que acompanhavam a votação e afirmam terem presenciado o momento em que vários deputados supostamente indecisos teriam recebido ligações da assessoria da Casa Rosada. Os telefonemas começaram justamente quando consolidava-se a vantagem pró-vida.

Que Macri mostrou-se um covarde indigno dos votos que recebeu já ficou claro quando declarou, com bastante antecedência, que não vetaria a lei se ela fosse aprovada no Congresso. Resta saber agora, se ele já cruzou a linha da omissão para tornar-se um traidor.

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