Euronews, 13 de novembro de 2016.
A Bulgária poderá decidir hoje nas urnas uma reaproximação à Russia que deverá abrir uma crise política no país.
A segunda volta das presidenciais deverá, segundo as sondagens, confirmar a vitória do candidato socialista Rumen Radev na primeira volta há uma semana.
O antigo comandante da Força Aérea de 53 anos, sem experiência política, defende a continuação de uma política anti-imigração e uma reconciliação do país com Moscovo.
A vitória do antigo piloto de aviões Mig-29, que segundo as sondagens deverá obter 49,6% dos votos, deverá no entanto abrir uma crise política no país.
O primeiro-ministro conservador Boiko Borisov, ameaçou demitir-se caso a candidata do seu partido, Tzezka Tsacheva não vença o escrutínio.
A até agora presidente do parlamento apresenta-se como a candidata da estabilidade, num país marcado por uma vaga de protestos contra a corrupção e a pobreza.
O adversário socialista que não põe em causa nem a adesão do país à União Europeia nem à NATO, defende, no entanto, o fim das sanções à Rússia, tendo reconhecido a anexação da crimeia por Moscovo.
Se a vitória de Radev precipitar a queda do governo, o novo presidente poderia convocar eleições antecipadas aquando da sua tomada de posse a 22 de Janeiro.
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