DN, 29 de julho de 2016.
O atraso da contribuição financeira por parte da União Europeia motivou duras críticas por parte do presidente turco Erdogan
A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira uma nova parcela de 1.415 milhões de euros para os refugiados sírios na Turquia, após as acusações do Presidente turco a Bruxelas sobre o incumprimento dos compromissos de financiamento.
Esta medida especial, esclareceu Bruxelas, eleva para 2.155 milhões de euros o total de fundos europeus já concedidos à Turquia para apoiar os refugiados e as comunidades de acolhimento na Turquia, no âmbito do polémico acordo União Europeia (UE) -Turquia de 18 de março e que entrou em vigor dois dias depois.
Em março, a União Europeia comprometeu-se a conceder 3.000 milhões de euros até 2017, e outros 3.000 milhões em data posterior, em troca da colaboração de Ancara na contenção da chegada de imigrantes em situação irregular e de refugiados ao espaço comunitário, mas até agora apenas tinha desembolsado 740 milhões de euros.
O acordo entre as duas partes, em vigor desde 20 de março, prevê ainda que a União Europeia aceite um refugiado sírio por cada migrante ou refugiado que tenha chegado ilegalmente às costas da Grécia, e que deverá ser "devolvido" à Turquia.
No entanto, o atraso na concessão da prometida contribuição financeira motivou duras críticas à União Europeia por parte do Presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
A nova transferência deve ser canalizada para despesas de educação e saúde dos refugiados, estando ainda previstos 79 milhões de euros adicionais para projetos humanitários de agências da ONU, organizações internacionais e ONG.
A Turquia acolhe atualmente cerca de 2,7 milhões de refugiados do conflito sírio, com diversos projeto de apoio paralelos a serem concretizados e que serão reforçados com as futuras contribuições.
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