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17 de jun. de 2016

Polícia recusa cumprimentar Presidente e primeiro-ministro de França

O presidente François Hollande na cerimónia de homenagem aos polícias mortos. O polícia seguinte não lhe estendeu a mão   |  REUTERS/DOMINIQUE FAGET/POOL





DN, 17/06/2016





Hollande não pareceu incomodado e avançou, mas Valls pediu explicações

Um polícia francês recusou-se a cumprimentar numa cerimónia oficial o Presidente de França, François Hollande, e o primeiro-ministro, Manuel Valls, esta sexta-feira, como forma de protesto contra a falta de meios para o exercício da profissão.

A comunicação social francesa reproduziu imagens em que se pode ver como o polícia recusou estender a mão a François Hollande quando este se despedia de cada um dos agentes na formatura, no final da homenagem em Versalhes em memória do casal de funcionários de uma esquadra, assassinado na segunda-feira.



Hollande, não parecendo incomodado, avançou para cumprimentar o agente seguinte da coluna, mas quando o polícia voltou a violar o protocolo com Valls, o primeiro-ministro parou, a exigir o cumprimento, que continuou a ser-lhe negado.

O agente, que trabalha na esquadra de Mantes-la-Jolie, na mesma localidade do assassino, disse a um jornalista da cadeia TF1 que tentou expressar como as forças de ordem reprovam a falta de meios.

"Temos três veículos para 40. O que se deve fazer? Atuar!" terá dito o agente a Manuel Valls, mas lamentou que o chefe do Governo não tenha ouvido todos os argumentos.


Nota do editor 

Esse caso de ataque a faca não é o primeiro, não é um caso isolado, isso já vem acontecendo faz algum tempo na França contra soldados, também. O governo francês é incompetente, assim como o governo belga – sua incompetência incomoda e gera revolta naqueles que querem fazer um trabalho sério! No caso dos policiais franceses, eles são obrigados a encarar grevistas imbecis, e adolescentes [e alguns adultos de mesma mentalidade] idiotas que se sentem anarquistas na luta contra o sistema, e tornam os agentes alvos de sua fúria grevista – quando não têm nada melhor para fazer! A situação da polícia de lá não é muito diferente da nossa: trabalhar sem condições plenas; ter pessoas filmando suas ações para o incriminar; ganhar salários que não compensam os hematomas e o cansaço; e arriscar a vida devido a legislações burocráticas que o impede de agir fora de serviço. Somado tudo isso, é compreensível que o policial aja dessa maneira diante de tamanha incompetência. 

Esse é o retrato da França de hoje: instabilidade social reinante.

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