RM, 14/09/2023
Por Jon Cody
O principal chefe de polícia da Suécia aponta o dedo para gangues estrangeiras que operam na Suécia depois que atentados e assassinatos aumentam ainda mais
A Suécia está testemunhando uma onda sem precedentes de guerras sangrentas entre gangues e tiroteios, disse o comissário da Polícia Nacional sueca, Anders Thornberg, na quarta-feira, após uma semana de tiroteios mortais no país escandinavo.
“Recentemente, houve um número sem precedentes de assassinatos e atentados à bomba na Suécia”, sublinhou o comissário da polícia Anders Thornberg numa conferência de imprensa na quarta-feira.
“Vários meninos com idades entre 13 e 15 anos foram mortos, a mãe de um criminoso foi assassinada em sua casa, um jovem foi morto a tiros a caminho do trabalho em Uppsala”, disse o chefe da polícia sueca.
“As pessoas que ordenam os assassinatos são frequentemente encontradas no exterior”, acrescentou Thornberg.
Houve vários tiroteios na Suécia esta semana: quatro em Uppsala, famosa pela sua universidade, dois dos quais foram fatais, e dois em Estocolmo, onde um rapaz de 13 anos foi morto, segundo o meio de comunicação húngaro Magyar Hirlap.
Na Suécia, a guerra de gangues pelo controle do comércio de armas e drogas já dura há anos, e a Suécia não é estranha à violência da sua crescente população migrante. O país sofreu um número recorde de tiroteios e assassinatos em 2022, levando o país a ser rotulado como “o país mais perigoso da Europa”.
De acordo com a polícia sueca, 90 atentados e 101 tentativas de atentado foram registrados em 2022. Até 15 de agosto de 2023, 109 atentados foram registrados no país.
Os conflitos entre gangues criminosas ceifaram a vida de muitas pessoas inocentes, enfatizou Thornberg.
“Os cidadãos estão com medo e a insegurança está crescendo. Por causa disso, elevámos o nível de ameaça terrorista na Suécia”, acrescentou o chefe da polícia sueca.
“Prendemos várias pessoas e confiscámos armas, inclusive em Uppsala, onde a situação é muito grave”, sublinhou Ulf Johansson, policial da cidade a 70 quilómetros a norte da capital, em conferência de imprensa na quarta-feira.
Em 2022, foram registados 391 tiroteios na Suécia, 62 dos quais foram fatais, em comparação com 45 pessoas mortas a tiro um ano antes.
Apesar da Suécia ser governada por um governo conservador que prometeu reprimir o crime dos poderosos clãs criminosos da Suécia, que impulsionam a maior parte da violência, até agora, o governo tem-se revelado ineficaz.
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