Nltimes, 16/11/2022
O declínio da biodiversidade global é “persistente” e só pode ser interrompido por meio de mudanças drásticas. A Agência Holandesa de Avaliação Ambiental (PBL) publicou esta mensagem em um relatório. “Somente com a política da natureza, não será possível atingir as metas globais de biodiversidade”, disse o escritório de planejamento.
Enquanto a cúpula do clima das Nações Unidas ainda está em andamento, o PBL já está olhando para a cúpula da ONU sobre biodiversidade em Montreal no próximo mês. Segundo a agência, a conferência ocorre “em um momento em que os vínculos entre as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade estão se tornando cada vez mais visíveis”. São necessárias soluções coesas, disse o PBL.
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) foi estabelecida em 1992 para proteger a riqueza de espécies na Terra. Quase todo o mundo é membro deste tratado de biodiversidade da ONU. Os Estados Unidos não são membros porque o governo dos EUA considera isso uma violação muito grande de sua soberania.
As coisas não estão indo bem com os objetivos do tratado; isso fica claro no relatório. A riqueza de espécies despencou desde que o tratado foi assinado. “Devido à falta de progresso”, disse o PBL, é necessária uma “mudança fundamental” na política global de biodiversidade. Proteger a biodiversidade não será bem-sucedido simplesmente dando a mais áreas um status de proteção.
Os padrões de produção e consumo devem mudar, escreveram os pesquisadores. “Pense em reduzir o consumo de carne e laticínios, reduzir o desperdício de alimentos e tornar a produção agrícola mais sustentável”, resumiram. Medidas que são boas para a biodiversidade muitas vezes também têm efeitos favoráveis sobre o clima, de acordo com o PBL.
Aproximar-se das metas de biodiversidade requer “compromisso e poder inovador” de empresas, cidades e organizações sociais. Com governos para “dirigi-lo” e alocar dinheiro para isso, disse o PBL.
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