LDD, 13/0/2022
Um grupo de senadores trai seu eleitorado em troca de favores políticos do governo e votará a favor da lei de controle de armas de Biden.
Após o tiroteio na escola em Uvalde, Texas, o presidente Joe Biden prometeu que iria contornar a Segunda Emenda e pressionar por uma legislação para regular ainda mais a compra e venda de armas.
Os democratas não têm a maioria necessária para aprovar tal lei, então Biden imediatamente começou a negociar com alguns senadores republicanos que, apesar de terem sido eleitos pelo impulso eleitoral de Donald Trump em 2016, 2018 ou 2020, são fervorosos anti-Trump.
Desta forma, neste domingo a Casa Branca anunciou que chegou a um acordo com 10 senadores republicanos que vão votar uma lei federal que vai impor severas restrições à compra de armas.
Esses senadores são: John Cornyn , um senador republicano do Texas; Thom Tillis e Richard Burr ; senadores da Carolina do Norte; Roy Blunt , do Missouri; Bill Cassidy, da Califórnia; Susan Collins, do Maine; Lindsey Graham, da Carolina do Sul; Rob Portman, de Ohio; Mitt Romney, de Utah; e Pat Toomey, da Pensilvânia.
Dias após o massacre, Biden havia enviado um projeto de lei que imporia em todo o país a proibição total da compra, venda e posse de armas longas, erroneamente denominadas pelo presidente como "fuzis de assalto", categoria inexistente que inclui desde metralhadoras totalmente automáticas para rifles semiautomáticos de tiro único como AR-15s.
A legislação também busca aumentar a idade para comprar qualquer arma de 18 para 21 anos em todo o país. Atualmente, a Segunda Emenda permite que todos os americanos possuam e carreguem armas sem restrições, no entanto, todos os estados do país estabeleceram algumas regulamentações, principalmente a idade mínima para exercer esse direito, aos 18 anos .
A proposta também inclui a implementação de "alertas de bandeira vermelha", o que significa que agências federais e estaduais podem retirar armas de qualquer pessoa que considerem "perigosa " .
Mas a definição de "pessoa perigosa" é vaga , e o governo federal poderá escolher arbitrariamente quem pode ter armas e quem não pode. Além disso, implicará que a polícia entre na casa à força para tirar as armas de uma pessoa que ainda não cometeu nenhum crime, uma clara violação dos direitos humanos.
Por último, a legislação procurará eliminar os prazos para a verificação de antecedentes criminais . Atualmente, na grande maioria dos estados, o FBI verifica todas as pessoas que desejam comprar uma arma de fogo, e a loja de armas não pode vendê-la até que a verificação seja concluída.
No entanto, como a agência federal não pode processar tantas verificações ao mesmo tempo e essa regulamentação implica que milhões de americanos não podem exercer seu direito a Segunda Emenda devido à burocracia estatal, um limite de 72 horas foi estabelecido há muitos anos .
Se não for concluído até então, a arma fica automaticamente livre. Biden propõe eliminar esse limite e obrigar todos os estados do país a realizar essas verificações .
Ainda não há especificações de quais foram os pontos que os 10 senadores republicanos pediram para modificar para votar a favor da legislação depois de dizer que não o fariam.
Especula-se que eles aceitaram todos os pontos da lei, exceto o primeiro: não proibir a compra e venda de "fuzis de assalto" . O que significa que com 60 votos no Senado, os Estados Unidos vão aumentar a idade para comprar e portar armas para 21, implementar avisos vermelhos, que são inconstitucionais, e eliminar o limite de tempo para checagem de antecedentes.
Isso significa que 13 milhões de americanos, que atualmente têm entre 18 e 21 anos, perderão seu direito constitucionalmente reconhecido de comprar e portar armas. Além disso, aqueles com mais de 21 anos perderão o acesso às armas se o estado assim o decidir e, finalmente, aqueles que puderem comprar armas terão que esperar meses e meses para que o FBI verifique seus antecedentes antes de comprar uma arma.
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