Dailywire, 04 de dezembro de 2018
Por Ryan Saavedra
O CEO da Apple, Tim Cook, disse na segunda-feira que as empresas de tecnologia têm a obrigação moral de proibir certas pessoas e certos tipos de conteúdo nas mídias sociais e plataformas tecnológicas, chegando a sugerir que não proibi-los é “um pecado”.
Cook fez os comentários ao mesmo tempo em que “aceitou o prêmio ‘Courage Againts Hate’ da Liga Anti-Difamação em um evento na cidade de Nova York”, informou a CNN.
“Só temos uma mensagem para aqueles que buscam incentivar o ódio, a divisão e a violência: você não tem um lugar em nossas plataformas”, disse Cook. “Você não tem um lar aqui”.
“Se não podemos ser claros em questões morais como essas, então temos grandes problemas”, continuou Cook. “Eu acredito que a coisa mais sagrada que a cada um de nós é dada é a capacidade de julgamento, nossa moralidade, nosso próprio desejo inato de separar o certo do errado. Optar por deixar essa responsabilidade de lado em um momento de julgamento é um pecado”.
Tradução do tuíte:
Tradução do tuíte:
O CEO da Apple, Tim Cook, sugere que “é um pecado” não proibir certas pessoas das mídias sociais e plataformas tecnológicas: "Só temos uma mensagem para aqueles que buscam incentivar o ódio, a divisão e a violência: você não tem lugar em nossas plataformas. Não tem um lar aqui".
Apple CEO Tim Cook suggests it's "a sin" to not ban certain people from social media and technology platforms: "We only have one message for those who seek to push hate, division, and violence: You have no place on our platforms. You have no home here." pic.twitter.com/gO5qB6bBuO— Ryan Saavedra (@RealSaavedra) 4 de dezembro de 2018
“Desde os primórdios do iTunes até a Apple Music hoje, sempre proibimos músicas com mensagem de supremacia branca”, acrescentou Cook. “Por quê? Porque é a coisa certa a se fazer”.
“Como mostramos este ano não daremos uma plataforma aos violentos teóricos da conspiração na App Store”, continuou Cook, referindo-se à decisão da Apple de remover os podcasts de Alex Jones de seu aplicativo Podcast. “Acreditamos que o futuro deve pertencer àqueles que usam a tecnologia para construir um mundo melhor, mais inclusivo e mais promissor”.
Em dezembro passado, Cook elogiou o controle da China sobre a Internet no país comunista enquanto falava em uma conferência na cidade chinesa de Wuzhen. O Washington Post relatou:
A Conferência Mundial da Internet, realizada na cidade chinesa de Wuzhen, destina-se a promover a visão da China sobre a “cibersoberania” – a ideia de que os governos em todo o mundo devem ter o direito de controlar o que aparece na Internet em seus países.
Na prática, na China, isso equivale ao maior sistema de censura e vigilância digital do mundo, onde as críticas ao Partido Comunista são drasticamente reduzidas e podem até levado à cadeia.
Mas isso não foi mencionado quando Cook fez um discurso na abertura do domingo.
Em vez disso, Cook disse que a visão da China para a Internet “é uma visão que nós da Apple compartilhamos”.
“Estamos orgulhosos de ter trabalhado ao lado de muitos de nossos parceiros na China para ajudar a construir uma comunidade que se juntará a um futuro comum no ciberespaço”, acrescentou Cook.
Os comentários de Cook atraíram críticas instantâneas de analistas políticos e ex-funcionários e advogados – incluindo o advogado conhecido nacionalmente, Harmeet Dhillon:
Aqui está uma mensagem para a Big Tech e nosso governo: as empresas de tecnologia que discriminal com base no ponto de vista, não devem ter proteção sob a Lei de Decência das Comunicações, Sec. 230. Elas são editoras, não plataformas neutras. E elas violam as leis de direitos civis, por exemplo, o Acto CA Unruh.
Here is a message for big tech & our government: tech companies that discriminate based on viewpoint, should have no protection under the Communications Decency Act, Sec. 230. They are publishers, not neutral platforms. And they violate civil rights laws, e.g. CA Unruh Act. https://t.co/cdxNUg2j9b— Harmeet K. Dhillon (@pnjaban) 4 de dezembro de 2018
Em uma declaração ao The Daily Wire, Dhillon disse: “As empresas de mídia social e seus grandes facilitadores tecnológicos têm engordado à custa da mídia tradicional e dos consumidores por trás do escudo da imunidade CDA 230, que forneceu uma indústria nascente com cobertura para o desenvolvimento – cobertura que agora permitiu que elas eclipsassem seus pares da mídia tradicional e que permitiu que elas afastassem muitas empresas de mídia por meio do domínio das mídias sociais sobre a publicidade digital”.
“A Apple fatura substancialmente sua receita como uma plataforma de aplicativos para aplicativos que desfrutam de imunidade fora de moda”, continuou Dhillon. “Já é hora de o CDA 230 ser reavaliado e adaptado às realidades atuais do mercado, onde todas as empresas de mídia devem operar sob as mesmas regras. Além disso, já passou da hora da Divisão Antitruste do DOJ examinar cuidadosamente os impactos negativos do poder de monopólio / dupólio em determinados mercados, antes que as empresas de mídia social completem o domínio quase que total sobre os mercados de publicidade digital, mídia online e busca de informações”.
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