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21 de nov. de 2018

Sul-coreano derrota general russo e assume presidência da Interpol

Kim Jong-Yang



DN, 21 de novembro de 2018 



A eleição acontece depois da detenção do atual presidente da organização, o chinês Meng Hongwei, por suspeita de corrupção.

O sul-coreano Kim Jong-Yang foi eleito, esta quarta-feira, como o novo presidente da Interpol durante uma assembleia geral no Dubai onde estiveram presentes 194 delegados da Organização Internacional de Polícia Criminal. Kim derrotou o atual vice-presidente, o russo Alexander Prokopchuk, que era apontado como o sucessor provável do chinês Meng Hongwei.

A hipótese do general russo ser eleito estava a preocupar alguns sectores que suspeitavam que ele pudesse usar o seu novo cargo para perseguir os críticos do presidente russo, Vladimir Putin. Muitos receavam que Alexander Prokopchulk pudesse transformar a organização numa ferramenta ao serviço do Kremlin. A Rússia tem sido suspeita de ingerência em várias eleições, inclusive as presidenciais americanas de 2016, onde a sua potencial influência nos resultados para favorecer o republicanos Donald Trump está a ser investigada.


Moscovo acusou os seus críticos de terem feito uma campanha para desacreditar o candidato russo.

A necessidade de eleger um novo presidente surgiu depois da confirmação de que o chinês Meng Hongwei, o atual representante da organização, tinha sido detido por suspeitas de corrupção em Pequim, em setembro. Kim era já o presidente interino da Interpol desde a detenção de Meng e vai agora cumprir os dois últimos anos do mandato deste.

Uma força policial sem agentes próprios

O cargo de presidente da Interpol é "essencialmente honorífico", lembrou há dias o secretário-geral da mesma organização, Jürgen Stock.

A Interpol é uma organização que junta as forças policiais de 194 países que partilham as suas informações trabalham em conjunto na aplicação de mandados judiciais internacionais. A Interpol não tem os seus próprios agentes e todas as investigações e mandados de detenção são emitidos pelas polícias nacionais de um Estado-membro. A organização pode no entanto emitir alertas vermelhos, que funcionam como mandados de captura internacionais.

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