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6 de jun. de 2018

Hackers do regime chinês invadem website de hospitais militares de Taiwan para roubar inteligência




Epoch Times, 06 de junho de 2018. 



A relação entre Taiwan e Pequim tornou-se mais tensa depois que a presidente Tsai Ing-wen assumiu o cargo em 2016

Nos últimos quatro anos, Taiwan tem sido alvo de incessantes ciberataques de hackers chineses; isso é o que mostram as últimas estatísticas fornecidas pelo exército taiwanês.

Os sites taiwaneses, especialmente aqueles administrados pelo exército, foram atacados centenas de milhares de vezes pelo ciber-exército do regime chinês e por outras fontes desconhecidas, segundo notícia publicada pelo jornal taiwanês The Liberty Times em 28 de maio. O número anual alcançou a marca máxima de 727 milhões de vezes em 2014. No ano passado, o número foi de 200 milhões de vezes.


Entre os atacados estão os sites do Ministério da Defesa Nacional, da Universidade Federal de Defesa, do Departamento de Política de Guerra e diversos hospitais militares. A maior parte dos ciberataques se concentram em hospitais militares, com cerca de 720 milhões de ataques em 2014 e 162 milhões em 2017.

Os hospitais militares são alvos frequentes porque o regime chinês quer se apoderar dos registros médicos de oficiais militares taiwaneses e suas famílias, a fim de cruzá-los com dados da inteligência militar que o regime já possui sobre Taiwan, explica o Liberty Times citando, sem revelar nomes, especialistas locais em assuntos militares.

O regime chinês vê a autônoma ilha de Taiwan como uma província rebelde que um dia será unificada com o Continente, mediante força militar se necessário. Nestas semanas, a China aumentou sua retórica agressiva e conduziu simulações militares no Estreito de Taiwan.

Segundo informou o Liberty Times, com um conhecimento maior sobre os oficiais militares de Taiwan, o regime chinês espera conseguir melhores resultados ao roubar informações militares de Taiwan.

O Major-General Chen Chung-Chi, porta-voz do Ministério da Defesa de Taiwan, assegurou ao público que os registros médicos, incluindo os pacientes civis e militares, não estiveram em perigo durante os ciberataques. Assim informou, em uma conferência de imprensa realizada em 29 de maio, que foi transmitida pela emissora estatal Radio Taiwan International.

“As providências tomadas a partir do Departamento de Segurança da Informação, que é dependente do Poder Legislativo, e os mecanismos de segurança interna do Ministério da Defesa, garantiram a segurança dos registros médicos dos pacientes”, disse Chen.

Zheng Ji-wen, editor-chefe da revista taiwanesa Defesa Ásia Pacífico, advertiu sobre as ameaças incessantes da China enfrentadas por Taiwan, em uma entrevista à rádio Voz da América (VOA, na sigla em inglês) em 29 de maio.

Zheng declarou que “os supercomputadores chineses e a tecnologia da nuvem estão se tornando cada vez mais poderosos. Por conseguir comparar diferentes informações obtidas [pela China], a capacidade dos chineses não deve ser ignorada”.

Nos últimos anos, a relação entre Taiwan e Pequim tornou-se mais tensa, desde que a presidente Tsai Ing-wen assumiu o cargo em 2016. O Partido Democrata Progressista de Tsai apoia a ideia de anunciar formalmente a independência de Taiwan, o que é um sinal de aviso para a China.

Taiwan não é o único alvo onde o regime chinês está tentando se infiltrar. Um relatório publicado em março pela empresa de segurança informática FireEye denunciou que o regime chinês lançou ciberataques para roubar inteligência dos Estados Unidos relacionada com o Mar do Sul da China, onde os chineses estão atualmente marcando sua presença militar, causando disputas territoriais com vários países asiáticos na região.

Um mês mais tarde, FireEye emitiu outro relatório, apontando um aumento de ciberataques do regime chinês dirigidos a empresas norte-americanas para extrair informações de negócios que beneficiariam empresas chinesas.

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