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18 de jan. de 2018

Síria ameaça retaliar se Turquia avançar em Afrin




Euronews, 18 de janeiro de 2018. 


Por Ricardo Figueira



O MNE da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, confirmou que o país prepara uma operação militar contra os curdos na Síria.

O governo sírio ameaça a Turquia: Se o exército turco lançar uma ofensiva militar em Afrin, tal como tem vindo a prometer, vai considerar isso uma agressão e vai responder. Esta região, no Curdistão sírio, é controlada pelas milícias curdas do YPG, que Ancara considera uma organização terrorista, devido às ligações com o PKK.



Vamos intervir em Afrin. Vamos também levar a cabo ações a leste do Eufrates e em Manbij contra ameaças."

Mevlüt ÇavuşoğluMNE da Turquia

A Turquia está a reforçar a presença militar junto à fronteira com a Síria. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Çavuşoğlu, defendeu a operação numa entrevista televisiva: "Vamos intervir em Afrin. Vamos também levar a cabo ações a leste do Eufrates e em Manbij contra ameaças. Não queremos que um aliado como os Estados Unidos esteja contra nós nesta situação. Vamos ter reuniões com a Rússia e com o Irão sobre o uso do espaço aéreo", afirmou o MNE turco.

Em Afrin, milhares de pessoas de várias etnias e religiões manifestaram-se contra a possível intervenção militar turca.

EUA permanecem na Síria até à queda de Assad

O secretário de Estado norte-americano acredita que a partida de Assad é inevitável.


Os Estados Unidos vão manter a presença militar na Síria para prevenir o regresso do Estado Islâmico. A garantia foi dada pelo secretário de Estado norte-americano, num discurso na Universidade de Stanford.

Rex Tillerson falou de um compromisso mais profundo com os países do Médio Oriente e numa rutura com as políticas de Barak Obama.


A nossa missão militar na Síria vai manter-se. Não podemos repetir os erros de 2011, quando uma saída prematura do Iraque permitiu à Al Qaeda sobreviver no país e, eventualmente, transformar-se no Estado Islâmico. Foi o vazio que permitiu a esta e a outras organizações terroristas provocar o caos e a destruição nos países.”

O secretário de Estado norte-americano acredita que a partida do presidente Assad é inevitável e que deverá acontecer através de um processo gradual de reforma constitucional e com eleições supervisionadas pelas Nações Unidas.

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