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18 de jan. de 2018

Descoberto plano de Kim Jong-un para matar familiares de membros da embaixada dos EUA no Peru

Ditador da Coreia do Norte Kim Jong-un



Epoch Times, 18 de janeiro de 2018. 



Diplomatas do regime de Kim Jong-un em Lima, Peru, foram expulsos sucessivamente em setembro e depois em dezembro do ano passado pelo governo de Pedro Pablo Kuczynski por dois motivos: a ameaça nuclear norte-coreana e por realizar “atividades incompatíveis com suas funções diplomáticas”.

Na época, as causas reais por trás das expulsões não foram divulgadas.

Agora, investigação feita pelo jornal Infobae revelou a trama oculta pelos diplomatas junto com um grupo radical do Partido Comunista peruano.




Diplomatas da Coreia do Norte na América do Sul participaram nos últimos meses de uma sórdida rede de pedofilia e de um plano para assassinar parentes de funcionários da embaixada norte-americana.

No ano passado, a polícia peruana recebeu denúncia de assédio sexual de menor. O responsável por perseguir uma criança com menos de 15 anos foi o primeiro secretário da Embaixada da Coreia do Norte em Lima, Pak Myong Chol.

A família da criança entregou cópia das mensagens que Chol enviou ao menor. Em seguida as forças de segurança grampearam o telefone do diplomata e começaram a ouvir suas chamadas e a ler as mensagens por ele enviadas.


Peru, Brasil, México, Cuba e Venezuela são os 5 países latino-americanos que ainda possuem uma embaixada da Coreia do Norte em seus territórios.

O México expulsou o embaixador norte-coreano em setembro de 2017 por considerar “que a atividade nuclear da Coreia do Norte representa um sério risco para a paz e a segurança internacionais, além de ser uma ameaça crescente para as nações da região, incluindo os dois aliados do México, o Japão e a Coreia do Sul”, informou o jornal El Universal.

Em março de 2017, o governo de Pedro Pablo Kuczynski ordenou a redução do número de diplomatas na embaixada da Coreia do Norte, de 6 para 3 pessoas.

Em setembro, após os testes de mísseis realizados pela Coreia do Norte, o presidente peruano declarou persona non grata ao Embaixador Kim Hak-Chol e ordenou sua saída do país.

Desta forma, Myong Chol passou a ser a mais alta autoridade da sede diplomática norte-coreana em Lima.

Escutas telefônicas

A vigilância das ligações telefônicas de Myong Chol conseguiu ratificar o assédio do menor.

Ao mesmo tempo, as autoridades “descobriram algo ainda pior: os contatos que Myong Chol e o terceiro secretário da embaixada, Ji Hyok, mantinham com líderes do Patria Roja” (Partido Comunista peruano) para “coordenar tarefas conjuntas”, conforme divulgado através das investigações do Infobae.

Patria Roja é conhecido no Peru por liderar manifestações a favor de regimes autoritários como o do Irã ou da Coreia do Norte, bem como o repúdio aos governos dos Estados Unidos e Israel.


“Nas conversas que a polícia peruana conseguiu ouvir, descobriu-se que os diplomatas norte-coreanos e os líderes marxistas-leninistas do Patria Roja tinham planos para ‘atacar parentes, como esposas e filhos, dos funcionários da embaixada norte-americana em Lima'”.

Especularam até sobre a possibilidade de “assassiná-los” se a crise entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos se agravasse e acontecesse um conflito armado entre os dois países, disseram fontes diplomáticas peruanas à Infobae.


Expulsão dos diplomatas

Diante das evidências, o presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski, em 22 de dezembro, tomou a decisão de declarar persona non grata ao Primeiro Secretário da Embaixada, Pak Myong Chol, e ao Terceiro Secretário da Embaixada, Ji Hyok, e deu-lhes o prazo de 15 dias para sair do país.

Em comunicado oficial emitido pela Chancelaria do Peru, esta expulsão é justificada nos seguintes termos:

“O Governo do Peru adota esta medida após verificar que o pessoal diplomático dessa embaixada exerceu atividades incompatíveis com suas funções diplomáticas”.

“Esta decisão se baseia também nas contínuas violações por parte da República Democrática da Coreia das Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluindo a Resolução 2397 recentemente adotada. Além disso, ao ignorar constantemente os avisos da Comunidade Internacional para cumprir as obrigações que dela decorrem, não respeitar o Direito Internacional e encerrar seu programa nuclear, o país coloca em risco a paz e segurança regional e mundial”, acrescentou o texto.


O desespero e o isolamento internacional em que se encontra a ditadura norte-coreana mostram o quanto o país está disposto a conspirar com grupos comunistas para matar até mulheres e crianças, se achar necessário.

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