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25 de jul. de 2017

PCC firma acordo comercial com organização terrorista Hezbollah

Grupo terrorista Hezbollah



Epoch Times, 25 de julho de 2017 






Organização criminosa brasileira firma “parceria comercial” com grupo paramilitar libanês sediado em Beirute

A Fundação de Defesa da Democracia (FDD), organização não governamental norte-americana que trabalha no combate a grupos terroristas, lançou um relatório que foi publicado pelo Correio Braziliense no domingo (23). O documento revela que o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior grupo que opera no crime organizado brasileiro, estendeu suas fronteiras comerciais com o Hezbollah, uma organização paramilitar do Líbano. Conforme consta no documento, tal associação foi firmada com o objetivo de aumentar o poder financeiro do PCC, que compra drogas de países da América do Sul, como Paraguai e Colômbia, e as revende ao grupo atuante no Líbano.


O Hezbollah está sediado em Beirute, no Líbano, a mais de 10.000km de distância. Relatórios inéditos e entrevistas com membros de forças de segurança nacionais e estrangeiras confirmaram a ligação entre as duas facções além da mera hipótese, revelando o tráfico de drogas e armas, o contrabando de artigos eletrônicos, cigarros, roupas e combustível, e a sonegação de impostos.

Ainda conforme a FDD, o preço cobrado pelas drogas psicoativas é menor nos países sul-americanos que fazem comércio com o PCC. Quando são comercializadas com o Hezbollah, o preço aumenta. A principal operação do grupo criminoso nacional, segundo eles, é a venda de cigarros contrabandeados.

Os bandidos tiram vantagem da extensa faixa de fronteira do Brasil com 10 países da América do Sul para trazer os produtos ilegais. São mais de 15 mil quilômetros com sérias dificuldades de vigilância que facilitam a comercialização milionária do crime organizado. O cientista político Guaracy Mingardi, que trabalhou na Secretaria Nacional de Segurança Pública, realiza investigações sobre o PCC há mais de 20 anos. Ele conta que atualmente a quadrilha brasileira adquiriu divisões internacionais.

“O PCC já é um grupo criminoso internacional. Ele tem escritório no Paraguai para o transporte de drogas e armas, e na Bolívia, onde os entorpecentes são comprados. Tem algumas ligações no Peru, na Colômbia. Muitas vezes, eles podem fazer esse transporte de mercadoria para a Europa e para o Oriente Médio. Já sabemos que ocorre há algum tempo”, ressalta.

O ponto mais vulnerável fica no estado de Mato Grosso do Sul, estratégico devido à sua conexão com o Paraguai e por estar próximo dos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Paraná. O orçamento anual do PCC é de aproximadamente 20 milhões de reais.

Na Bolívia, um quilo de cocaína custa cerca de R$ 10 mil. Já no Brasil, o mesmo quilo pode custar até mais de R$ 20 mil, e mesmo assim não é pura, muitas vezes é misturada com diversos produtos para render mais e pode proporcionar um lucro de R$ 180 mil.

Os representantes do Hezbollah compram o tóxico pelo valor cobrado no Brasil, criando um ambiente vantajoso financeiramente para a expansão do PCC. Através de locais vulneráveis, o entorpecente chega ao Brasil pela terra, ar e rios.

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