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16 de jun. de 2016

Policial disfarçado ‘grava extremistas muçulmanos pedindo para que os homossexuais sejam jogados de cima dum edifício, durante reuniões secretas de apoio ao Estado Islâmico'

MailOnline, 15 de junho de 2016. 







Um policial disfarçado gravou extremistas muçulmanos britânicos pedindo para que pessoas homossexuais fossem jogadas de cima de “edifícios altos”, foi ouvido hoje no tribunal.

Cinco homens são acusados de dirigir ou organizar reuniões de apoio ao grupo terrorista em um salão da igreja no jardim na parte de trás da casa em Luton, Bedfordshire, no verão passado. 

O primeiro réu, que não pode ser nomeado por razões legais, disse no alegado encontro: “Nós sabemos que o Islã vai dominar toda esta terra”. 



Ele é um dos quatro réus que se diz como tendo assistido a uma reunião em 27 de junho de 2015, em que um orador criticou a parada anual do Orgulho Gay em Londres, dizendo ‘não há orgulho nenhum em ser gay. 

O discurso foi gravado por um policial disfarçado, referido apenas como “Kamal”, que passou 20 meses infiltrando-se no grupo para participar de suas reuniões. 

Em um vídeo assistido no Old Bailey, o orador, identificado apenas como ‘Mohammed’, disse: “Embora o parlamento tenha criado o dia do Orgulho gay no Reino Unido, eu pergunto, onde está o orgulho em ser gay? Não há orgulho em ser gay.”

Ele acrescentou: “Alhamdullilah [louvado seja Alá] pelo povo não ter pego você e o jogado dum edifício alto.”. 

Ele continuou: “Irmãos, não há tempo para dormir em sua cadeira, não há tempo para relaxar, devemos pedir perdão a Alá todas as noites. Oh Alá, perdoe-nos pois estamos vivendo entre essas pessoas e não estamos completando o nosso dever para com você.”. 

A reunião supostamente ocorreu em uma tenda erguida no quintal duma casa em Luton. 

‘Mohammed’ também pediu que o público não ‘se consterne’ pelos turistas britânicos mortos no ataque terrorista em um resort na praia de Sousse, na Tunísia, em junho de 2015; ou o operário que foi decapitado em Lyon, na França, nesse mesmo mês, ouviu o tribunal. 

Outra gravação de áudio supostamente capturou o primeiro réu dizendo ao policial disfarçado sobre o baixo índice de extremismo. 

Falando que enquanto deixava a mesquita Kokni em Luton em 3 de julho de 2015, lhe foi dito que os oficiais poderiam pôr os filhos dos pais sob os seus cuidados, se eles dissessem que “não concordam “com os homossexuais, como um “sinal de que eles estão se tornando extremistas”. 

Ele acrescentou: “Você tem que ter cuidado. Não pode mais viver aqui. Hijrah [emigrar] enquanto a tempo para hijrah”.

O Old Bailey também ouviu que o primeiro arguido escolheu ‘a vitória do Islã’ como o seu tema para um discurso em uma reunião no salão da Igreja Metodista de São Margaret em Luton em 29 de junho. 

Ele supostamente disse à sua audiência: “Sabemos que o califado [Califado] foi estabelecido, estamos à espera de todos os cenários e uma grande coisa vai acontecer, vai ser a última batalha, dessa grande batalha que vai ter lugar entre os crentes e, obviamente, os cristãos.”.

Ele continuou: “Alá prometeu a vitória para os crentes... Nós sabemos que o Islã vai dominar toda esta terra”. 

Ele acrescentou: “Obviamente que ouvimos David Cameron dizer que os terroristas, nunca vão vir aqui, na Grã-Bretanha e terão sucesso. Eles costumavam dizer isso no passado, o sol nunca se punha no Império Britânico, mas assim como o sol se pôs para o Império Britânico, o mesmo sol irá subir para este Estado Islâmico”. 

Sean Larkin QC, procurador, disse ao júri que o Estado Islâmico tinha sido proscrito pela Secretária de Estado um ano antes porque “provavelmente a organização terrorista mais famosa atualmente está em operação”. 




O primeiro réu é acusado de dirigir reuniões, em junho e julho do ano passado em que ele incentiva o apoio a uma organização proibida”, ou seja, o Estado Islâmico. 

Algumas reuniões foram realizadas na Igreja de St Margaret, em Luton e em outras em uma tenda atrás de uma casa em Luton. 

Yosaf Bashir, de 35 anos, é acusado de dirigir uma reunião em 29 de junho, para encorajar o apoio ao Estado Islâmico, e Rajib Khan, de 37 anos, é acusado de organizar de auxiliar e gerir uma reunião em 11 de julho, abordando na mesma reunião o incentivo ao grupo Estado Islâmico. 

O quarto réu, que não pode ser nomeado por razões legais, é tido como tendo arranjado três reuniões em julho, das quais ele sabia que era para dar apoio ao Estado Islâmico. 

O quinto acusado, Mohammed Sufiyan Choudry, é acusado de dirigir uma reunião em 2 de julho, para encorajar o apoio ao Estado Islâmico. 

Os homens negam todas as acusações. E o julgamento continua. 


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