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11 de abr. de 2016

Moscou confirma encontro entre Lavrov e curdos iraquianos na Rússia

Nota do editor 

Cliff Kincaid certa feita levantou a hipótese de que os russos estivessem por trás dos ataques dos curdos à Turquia. No começo eu duvidei dessa hipótese, dado ao meu desconhecimento se realmente essa aproximação existia ou não. Agora as coisas ficam um pouco mais claras. No entanto, o movimento tanto de moscou quanto de Teerã precisa ser observado, pois como eu já trouxe anteriormente aqui: A Turquia ajudou Teerã no seu programa nuclear, de modo que num acordo feito em 2010 tendo como intermediário eles o Brasil foi possível aos iranianos dar prosseguimento ao seu programa, enquanto os seus “intermediários” enriqueciam urânio a custas de um falso refreamento em suas atividades nucleares.

O mesmo ocorre com a influência russa e turca no conflito Armênia e Azerbaijão, onde a Rússia mune tanto o país muçulmano, quanto o país cristão. A Turquia também está fazendo o mesmo jogo que Putin, mas Putin é o único que arma ambos os lados indiscriminadamente. O fato de terem esse encontro com os curdos significa que Moscou está articulando o grupo terrorista por trás das cenas, assim como Erdogan também articula os terroristas que vão para a Síria através de suas fronteiras.

Sergei Lavrov


Sputniki, 11 de abril de 2016.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, também se reuniu nesta segunda-feira (11), em Moscou, com uma delegação de curdos iraquianos chefiados por Barham Salih, ex-premiê do Curdistão iraquiano, segundo informou o serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

O escritório de representação do Curdistão iraquiano em Moscou disse, por sua vez, que Salih se reuniu com Lavrov e com o vice-chanceler Mikhail Bogdanov, para discutir a situação no Oriente Médio e a participação dos curdos nas negociações de paz sírias em Genebra.

A rodada anterior de negociações sírias em Genebra terminou em 24 de março. Todas as delegações presentes apresentarem suas propostas de solução da crise ao enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, que então produziu um documento final com pontos de convergência entre as partes.

As conversações de paz seguiram um acordo de cessar-fogo mediado pela Rússia e pelos EUA e fechado em 27 de fevereiro. Em 14 de março, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o ministro da Defesa de seu país, Sergei Shoigu, a começar a retirada da maior parte do contingente militar russo que estava na Síria, conduzindo ataques aéreos contra alvos terroristas desde o final de setembro.

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