BTB, 28/02/2025
Por Amy Fuur
A gestora de ativos BlackRock está recuando das políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) à medida que o governo do presidente Donald Trump combate essas iniciativas.
Os líderes da BlackRock explicaram a mudança de direção e os próximos passos da empresa, informou a Fox Business nesta sexta-feira.
"Atender nossos clientes exige atrair os melhores talentos do mundo inteiro", afirmou o CEO da BlackRock, Larry Fink, em um memorando enviado aos funcionários na manhã desta sexta-feira. A carta também foi assinada pelo presidente da empresa, Robert Kapito, e pela chefe global de Recursos Humanos, Caroline Heller.
A liderança da BlackRock disse que deseja continuar fomentando uma cultura aberta a indivíduos e perspectivas diversas:
O e-mail menciona as recentes "mudanças significativas no ambiente legal e político dos EUA relacionadas à Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), que afetam muitas empresas, incluindo a BlackRock".
Os principais executivos explicaram que não renovarão as metas de representatividade na força de trabalho que expiraram em 2024, mas ressaltaram que continuarão "recebendo talentos diversos" globalmente, sem obrigar os gestores a entrevistarem uma lista diversificada de candidatos para preencher vagas abertas.
A BlackRock também anunciou que fundirá suas equipes de Gestão de Talentos e DEI para criar uma equipe global de Talento e Cultura.
Na página de carreiras da BlackRock, intitulada “Nosso Talento Global & Cultura”, a empresa declara:
"Acreditamos que manter uma cultura corporativa forte é um componente importante de nossas práticas de gestão de capital humano, e essencial para nosso sucesso a longo prazo. Nossa cultura é fundamentada em cinco princípios essenciais que unificam nossa equipe e orientam como interagimos com nossos funcionários, clientes, comunidades e outras partes interessadas: (1) Somos fiduciários para nossos clientes; (2) Somos Um BlackRock (1BLK); (3) Somos apaixonados por desempenho; (4) Assumimos responsabilidade emocional; e (5) Estamos comprometidos com um futuro melhor."
A mudança de postura da BlackRock ocorre após Trump assinar uma ordem executiva determinando que as agências federais investiguem programas corporativos de DEI, que possam violar leis de direitos civis, segundo a Fox Business.
A ordem, assinada em 21 de janeiro, afirma:
"As políticas ilegais de DEI e DEIA não apenas violam o texto e o espírito de nossas históricas leis federais de direitos civis, mas também minam nossa unidade nacional, pois negam, desacreditam e enfraquecem os valores tradicionais americanos de trabalho árduo, excelência e conquista individual em favor de um sistema de privilégios baseado em identidade, que é ilegal, corrosivo e pernicioso. Americanos trabalhadores, que merecem uma chance no Sonho Americano, não devem ser estigmatizados, menosprezados ou excluídos de oportunidades por causa de sua raça ou sexo.
O governo federal tem a responsabilidade de fazer cumprir nossas leis de direitos civis. O objetivo desta ordem é garantir que isso aconteça, eliminando preferências ilegais e discriminação.”
No Breitbart Business Digest de quarta-feira, o jornalista John Carney escreveu:
"Uma mudança dramática e decisiva está varrendo o mundo corporativo dos EUA, à medida que as iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) desmoronam diante do escrutínio legal, da realidade econômica e da mudança na opinião pública."
"O que antes era considerado um avanço inevitável do progressismo corporativo agora está sendo revertido com uma velocidade impressionante," acrescentou.
Uma pesquisa recente da Cygnal revelou que a maioria dos americanos acredita que as contratações no governo devem ser baseadas em mérito e experiência, contrariando os esforços de DEI, conforme noticiado pelo Breitbart News.
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