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13 de nov. de 2024

Rafael Correa, o ex-ditador do Equador que tentou se tornar o novo Chávez




LDD, 13/11/2024 



A corrupção durante a gestão de Correa é estimada entre 30 e 70 bilhões de dólares.

A gestão do ex-ditador socialista Rafael Correa no Equador, desde sua ascensão ao poder em 2007, é conhecida como a "Revolução Cidadã", uma série de reformas que buscavam impor um regime socialista ditatorial no país.

No entanto, após uma década de governo, restou apenas um legado marcado pelo autoritarismo, pela corrupção e pela destruição das bases democráticas do país.

As práticas políticas de Correa e as dinâmicas de poder de seu regime deixaram claro que sua visão de "socialismo do século XXI", foi uma desculpa para consolidar seu próprio controle e enriquecer seu círculo próximo, como frequentemente ocorre com políticos de esquerda.

Desde o início de seu mandato, Correa se apresentou como um líder popular, promovendo um discurso contra as "elites corruptas" e utilizando sua oratória nas sabatinas – transmissões semanais em rede nacional – para cultivar seu culto ditatorial à personalidade.

Essas transmissões não apenas serviam para expor seus falsos "feitos", mas também para atacar e perseguir a oposição, os meios de comunicação e qualquer figura que ousasse questionar seu regime.

Esse controle sobre a mídia e o aparato estatal foi um dos pilares fundamentais da autodenominada "Revolução Cidadã", conforme documentaram as jornalistas equatorianas Mónica Almeida e Ana Karina López em seu livro A Revolução Fracassada. Segundo as autoras, a propaganda, a ideologização, a espionagem e a corrupção foram as principais características do regime de Correa.

Um dos aspectos mais críticos da presidência de Correa foi seu tratamento em relação à oposição e à imprensa. A perseguição a jornalistas, o uso de serviços de inteligência para espionar opositores, e a manipulação judicial para silenciar aqueles que não se alinhavam à sua visão política foram práticas habituais.

O caso das "sabatinas" é um exemplo claro de como Correa utilizou os recursos do Estado para impor suas mentiras e exercer controle sobre a informação, enquanto perseguia seus críticos e distorcia a realidade.

A ideologia subjacente à "Revolução Cidadã" também foi uma ferramenta para consolidar o poder, não para beneficiar o povo equatoriano. Correa utilizou o sistema educacional para impor sua visão política, alterando livros didáticos e promovendo uma mensagem de "luta contra as elites".

Embora seu governo se apresentasse falsamente como um "defensor dos pobres", as políticas implementadas beneficiaram principalmente os grandes interesses próximos ao regime. O discurso antioligárquico provou ser apenas uma justificativa para a concentração de poder, e a manipulação das instituições em favor de seu grupo político.

A vasta corrupção, um dos problemas mais graves durante a administração de Correa, é outro tema central na análise de seu legado. O caso "Subornos 2012-2016" é uma prova irrefutável da ilegalidade com que o regime operava.

Funcionários de alto escalão, incluindo o próprio Correa, faziam parte de uma rede de subornos que financiava seu partido, Alianza PAIS, às custas dos recursos públicos.

A condenação de Correa em 2020 por esse escândalo, somada à proibição de entrada dele e de seu vice-presidente Jorge Glas nos Estados Unidos devido ao envolvimento em atos de corrupção, evidencia a obscuridade do regime socialista de Rafael Correa.

O fato de Correa ter fugido para a Bélgica após sua condenação por corrupção, e ter obtido asilo político, evitando assim a justiça equatoriana, reflete o caráter autoritário e corrupto dele e de seu governo.

O ex-ditador Correa e seu entorno enriqueceram-se às custas do povo equatoriano, deixando um país saqueado, com instituições enfraquecidas e uma democracia seriamente comprometida.

A "Revolução Cidadã" não passou de um projeto de concentração de poder e enriquecimento pessoal, acompanhado de reformas socialistas que visavam destruir o país. Tudo isso, junto com seus métodos autoritários e as múltiplas denúncias de corrupção que caracterizaram sua gestão.

Segundo as autoridades equatorianas, a corrupção na década do Governo de Rafael Correa (2007-2017) resultou em cifras que organismos locais e internacionais estimam entre 30 e 70 bilhões de dólares em prejuízos para o Estado.

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Fonte:https://derechadiario.com.ar/politica/rafael-correa-exdictador-ecuador-que-intento-convertirse-nuevo-chavez 

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