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15 de jun. de 2024

OpenAI adiciona ex-diretor da agência de inteligência dos EUA ao seu conselho administrativo




PP, 14/06/2024 



Por Oriana Rivas 



O general aposentado Paul Nakasone é um dos pesos pesados na guerra cibernética. Foi diretor da NSA entre 2018 e fevereiro deste ano, e para alguns isso significa que o governo dos EUA poderia "ter controle operacional total e influência" sobre a empresa.

Sam Altman, o CEO da OpenAI, diz estar "animado" por dar as boas-vindas a Paul Nakasone ao conselho administrativo da empresa que desenvolve projetos de inteligência artificial. Mas esse sentimento não é compartilhado por todos que receberam a notícia. O motivo é que o general aposentado atuou como diretor da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês).

A NSA é reconhecida por seu trabalho de monitoramento, coleta e processamento de dados em nível global para atividades de inteligência e contrainteligência, por isso, a presença de um de seus ex-diretores dentro da OpenAI desperta preocupações quanto ao uso que poderia ser dado às informações pessoais dos usuários do ChatGPT e de suas diversas funções criadas pela empresa.

Nakasone é um dos pesos pesados na guerra cibernética. Desde 2018, ele atuava como diretor da agência de inteligência até renunciar em fevereiro deste ano. Segundo o comunicado da OpenAI, ele "se juntará ao Comitê de Segurança do Conselho, responsável por fazer recomendações sobre decisões para todos os projetos e operações".

Participação da Fundação Gates

A OpenAI vem enfrentando as renúncias de Ilya Sutskever, cofundador da empresa, e Jan Leike, responsável pela segurança. Este último escreveu no X uma mensagem extensa como clara indireta para a empresa e para Sam Altman:

Deixar este trabalho foi uma das coisas mais difíceis que fiz na minha vida, porque precisamos urgentemente descobrir como dirigir e controlar sistemas de inteligência artificial muito mais inteligentes do que nós. 

Construir máquinas mais inteligentes que os humanos é uma tarefa intrinsecamente perigosa. 

A OpenAI assume uma enorme responsabilidade em nome de toda a humanidade.”

Se acrescentarmos que ex-funcionários foram ameaçados caso revelassem segredos da empresa, o ambiente na OpenAI se torna ainda mais turvo. Talvez tentar silenciar as críticas tenha levado a várias mudanças no conselho administrativo, embora possam não ser as melhores. Por exemplo, além do general aposentado da NSA, também foi incorporada Sue Desmond-Hellmann, ex-diretora da Fundação Bill e Melinda Gates. O cofundador da Microsoft não só simpatiza com as ideias globalistas do multimilionário George Soros, como também sugeriu em várias ocasiões a possibilidade de uma próxima pandemia.

Controle do Governo sobre os Dados

A falta de supervisão sobre essas máquinas “mais inteligentes que os humanos”, como as chamou Jan Leike, provocou que vários funcionários assinassem uma carta aberta no início de junho sobre os potenciais danos da inteligência artificial e as poucas medidas de segurança. Mais recentemente, foi o empresário Elon Musk quem rejeitou a associação da OpenAI com a Apple.

Embora não se neguem os benefícios trazidos pela inteligência artificial para tarefas como aprendizado de idiomas, apoio para pessoas cegas ou otimização de processos complexos, também é uma realidade que, internamente, empresas como a OpenAI estão tomando iniciativas sobre as quais pouco se sabe e que poderiam afetar os usuários e suas informações pessoais.

Voltando à incorporação do general aposentado Paul Nakasone, há quem afirme que qualquer pessoa que utilize a OpenAI no futuro "deve compreender que o governo dos EUA tem controle operacional total e influência sobre esta aplicação". Outros acreditam que é questão de tempo até que venha à tona o que realmente ocorre dentro da empresa.

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Fonte:https://panampost.com/oriana-rivas/2024/06/14/openai-junta-directiva-exdirector-inteligencia-eeuu/ 

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