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4 de abr. de 2024

Após ação da polícia na propriedade do rapper Sean Diddy Combs, seus vínculos com o Partido Democrata vieram à tona.




LDD, 04/04/2024 



Na última segunda-feira, 25 de março, a propriedade do rapper em Los Angeles foi alvo de uma busca realizada pela Segurança Nacional dos Estados Unidos em um caso ligado ao tráfico de pessoas.

Na semana passada, agentes da Segurança Nacional dos Estados Unidos realizaram uma operação na casa do conhecido rapper Sean "Diddy" Combs, mais conhecido como "P. Diddy", como parte de uma investigação relacionada ao tráfico de pessoas. Uma delegação de agentes federais também esteve em sua propriedade em Miami, Flórida.

Em conjunto com autoridades locais, os agentes federais conduziram a operação, na qual não houve indícios iniciais de que o cantor seria o principal alvo da investigação sobre tráfico de pessoas. Meses antes, sua então parceira o havia denunciado por abuso sexual, estupro, extorsão e violência doméstica.

Antes da execução da operação da Segurança Nacional, a ex-namorada de Combs, Casandra Ventura, moveu uma ação contra o cantor, denunciando, entre outras agressões, a coerção para ter relações sexuais com serviços de prostituição masculina enquanto ele observava e filmava.

Dias após a denúncia, foi divulgado que ambos chegaram a um acordo pacífico, retirando as acusações contra o cantor. No entanto, as primeiras horas de investigação dessa questão podem ter sido o gatilho para investigar o rapper em uma situação de maior gravidade.

Além da mansão em Los Angeles, avaliada em US$40 milhões e registrada em nome da "Bad Boys Films", uma subsidiária da produtora fundada por Combs, "Bad Boy Entertainment", uma propriedade em Miami também foi alvo de busca, onde foram detidas suspeitos ligados ao tráfico de pessoas.

Durante a operação em Los Angeles, as autoridades afirmaram que o objetivo principal era buscar laptops, dispositivos de armazenamento e qualquer outra evidência que pudesse ligar Combs à investigação.

Enquanto a operação em Los Angeles não teve resultados, na ação realizada na Flórida, um suposto associado de Combs, Brandon Paul, foi detido. Segundo as investigações, Paul seria um "mula" de drogas associado ao rapper. Horas antes da prisão de Paul, ele foi visto falando ao telefone e aparentemente em estado de pressa constante em um aeroporto em Miami.

A investigação da Segurança Nacional sobre possível tráfico de pessoas está relacionada a uma ação movida pelo produtor musical Rodney Jones, na qual, além de acusar Combs de tráfico sexual, ele também o responsabiliza pela distribuição de narcóticos e armas de fogo através de Paul.

De acordo com o especialista da Segurança Nacional, Hal Kempferl, as acusações contra o magnata do rap incluem a administração de drogas a jovens mulheres, para posteriormente cometer crimes sexuais e tráfico delas em vários estados do país.

Segundo várias vítimas do músico, esses crimes teriam sido cometidos no início dos anos 90, quando Combs envolvia as mulheres em uma espiral de crimes. De acordo com o depoimento de Joi Dickerson, uma das denunciantes, quando ela tinha 19 anos e era estudante da Universidade de Syracuse, em Nova York, foi seduzida pelo rapper para ir a um restaurante em Harlem, onde foi drogada e sexualmente abusada em sua casa.

Este e outros depoimentos de diversas vítimas detalham os comportamentos depravados que o cantor de 54 anos demonstrava em relação a outras mulheres, que ele até mesmo filmava durante seus atos sexuais forçados para depois distribuir a outros membros da indústria musical. Uma das denúncias, feita por um produtor musical em Nova York, faz parte do processo criminal ligado à investigação conduzida pelos agentes da Segurança Nacional, que continuam em busca de evidências sólidas para conectar o rapper a todas as acusações feitas.

Não foi a primeira vez que o rapper se viu envolvido em um escândalo de grande magnitude no estado de Nova York, já que no final dos anos 90, Combs foi protagonista, junto com a cantora Jennifer Lopez, na época sua parceira, de uma cena na qual a polícia respondeu a uma chamada bizarra na qual foram presos depois de encontrá-la algemada a um poste, o que iniciou uma investigação na qual se supunha que a cantora atuava como uma "mula" de armas para o rapper.

Vínculos com o Partido Democrata

Em sua denúncia, Rodney Jones descreveu Diddy como um "Jeffrey Epstein" da indústria musical, não apenas pelos crimes pelos quais ele é investigado, mas também por suas conexões com empresários e setores políticos ligados ao Partido Democrata.

A conexão mais reveladora com o Partido Democrata é a associação do músico com o empresário e amigo pessoal de Bill Clinton, Ron Burkle. A primeira associação de Combs com Burkle ocorreu em 2003, depois que, por meio de um acordo fechado com a equipe de basquete "Dallas Mavericks", o rapper convenceu Burkle a investir US$100 milhões em sua marca de roupas "Sean John".

Anos depois, em 2015, a parceria se repetiu quando ambos se uniram ao ator Mark Wahlberg para adquirir a empresa de água "AquaHydrate", formando assim, junto com Diddy, de acordo com os documentos, a maior relação de Burkle com qualquer um de seus parceiros comerciais.

Além disso, Burkle, como amigo de Clinton, foi associado a outro caso relacionado ao tráfico sexual de pessoas, sendo este caso nada mais nada menos que o de Jeffrey Epstein.

As conexões políticas do rapper, envolvido em inúmeras causas e investigações, incluem também o vínculo com o Príncipe William e seu irmão Harry, que são mencionados na denúncia feita por Jones como contratantes de Combs para uma festa que os irmãos reais organizaram em 2007, para celebrar o aniversário da falecida mãe, a Princesa Diana.


Ron Burkle, amigo próximo do ex-presidente dos EUA Bill Clinton, é listado como o parceiro número um de Diddy.


Kamala Harris

Em seu histórico político mais recente, Combs tem sido um defensor fervoroso e promotor da atual vice-presidente Kamala Harris, a quem ele apontou como a razão pela qual votou em Joe Biden e no Partido Democrata nas eleições presidenciais de 2020, alegando que o "homem branco" é muito perigoso e deve ser banido.

Diddy tem mostrado ao longo dos anos um claro apoio ao ex-presidente Barack Obama, com quem ele até mesmo realizou campanhas de votação, como a memorável "Vote or Die" em 2004, na qual instava os jovens a participar das eleições com uma clara preferência pela figura de Obama.

Além disso, a vice-presidente Harris não é uma desconhecida no círculo de Combs, já que, em 2001, a atual segunda pessoa mais importante do país estava em um relacionamento amoroso com o apresentador de televisão Montel Williams, que em várias ocasiões compareceu a festas organizadas pelo rapper envolvido no tráfico de pessoas junto com Harris e sua filha.

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Fonte:https://derechadiario.com.ar/norteamerica/norteamerica_estados-unidos/tras-el-allanamiento-al-rapero-sean-diddy-combs-salieron-a-la-luz-sus-vinculos-con-el-partido-democrata 

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