BU, 25/03/2024
Por Masha Borak
A infraestrutura pública digital (IPD), incluindo o projeto de identidade digital internacional para o desenvolvimento, será uma das prioridades centrais da nova estratégia de desenvolvimento digital do Reino Unido para nações de baixa e média renda.
A estratégia de sete anos, publicada na semana passada pelo Foreign, Commonwealth e Development Office do Reino Unido, delineia planos para ajudar a desenvolver tecnologias digitais em quatro áreas prioritárias. Além da IPD, essas incluem o desenvolvimento da conectividade em áreas remotas de baixa renda, o aumento da inclusão das mulheres no mundo digital e o apoio ao crescimento da tecnologia de inteligência artificial. A última tarefa incluirá o estabelecimento de pelo menos oito laboratórios de pesquisa de IA responsáveis, em universidades africanas até 2030 e ajudar a desenvolver estruturas regulatórias para a IA.
Os planos delineados, cobrindo o período de 2024 a 2030, incluem o compartilhamento da experiência do Reino Unido em IPD e na digitalização de serviços públicos com países em desenvolvimento.
“Vamos aproveitar a experiência do Reino Unido em IPD para serviços públicos ou regulamentados (saúde, transporte, bancos, registros de terras, etc.), com base na demanda significativa por essa experiência de países em desenvolvimento, e aproveitando o impulso na IPD gerado pela presidência do G20 da Índia em 2023”, afirma o documento.
O Reino Unido tem como objetivo apoiar o desenvolvimento de IPD com base em bens públicos digitais (DPGs), ou seja, código aberto, dados abertos, padrões abertos e modelos abertos, que têm o potencial de reduzir custos e duplicações e aumentar a interoperabilidade.
Provar a própria identidade é essencial para o acesso a direitos e serviços, observa a estratégia. O país planeja continuar seu apoio a soluções de identidade digital, incluindo por meio do projeto Identification for the Development Programme (ID4D), implementado pelo Banco Mundial.
A iniciativa ID4D busca melhorar o acesso a sistemas de identificação e até agora forneceu conselhos técnicos a mais de 30 países sobre identidade digital. O apoio ajudou países como Etiópia, Somália, Ruanda e Nigéria a adotarem legislação relacionada à identidade digital e proteção de dados.
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