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16 de nov. de 2023

Pedro Sánchez reconduzido como primeiro-ministro do governo espanhol




Euronews, 16/11/2023 



Líder socialista consegue maioria parlamentar graças a uma coligação de oito partidos

O Congresso dos deputados de Espanha deu um novo voto de confiança a Pedro Sánchez. Depois de meses de duras negociações, o líder socialista foi reconduzido como presidente do governo.

Uma coligação de oito partidos sustenta o novo executivo. Um exercício de equilíbrio político delicado, neste segundo governo minoritário dirigido por Sánchez. 



O repórter da Euronews em Madrid, Jaime Velázquez, comenta: "Apesar de ter ficado em segundo lugar nas eleições, Pedro Sanchez foi reconduzido como presidente do governo de Espanha."

Sanchez demonstra, mais uma vez, a sua capacidade de renascer das cinzas e forjar grandes alianças para voltar a liderar o executivo. 

Este será o seu segundo governo minoritário, mas os pactos com os separatistas catalães, e o protesto nas ruas sobre a futura lei de amnistia antecipam uma legislatura extremamente complicada. 

"O governo de Sánchez já nasce com uma espada de Dâmocles na cabeça. Os independentistas catalães já avisaram que o deixarão cair se ele não cumprir a sua palavra de trazer Carles Puigdemont e outros ativistas catalães de volta a Espanha. Não será fácil, mas se há algo que Pedro Sanchez provou ao longo dos anos é a sua capacidade de cair de pé".


Nota do editor

 

Depois de um bom tempo de impasse, parece que finalmente os partidos de oposição ao presidente socialista conseguiram o que queriam: o governo de Pedro Sánchez finalmente saiu do papel. Agora ele poderá governar a Espanha nos próximos 4 anos implementando o que resta da agenda, uma vez que mesmo sem governo, a Espanha continuaria implementando. Os responsáveis diretos por essa façanha são em primeiro lugar os políticos espanhóis vulgo opositores, e as instituições espanholas, que são feras em impedir sonegação, mas péssimas em fazer valer a constituição do país e a ordem institucional, bem como a paz social. Alguns espanhóis chamam o que aconteceu de golpe, pois o governo Sánchez visa ter o apoio dos separatistas que querem dividir a Espanha, em troca de se manter no poder. Porém, o governo dele tem oposição, e se essa oposição mesmo com a oportunidade de governar preferiu não seguir em frente em suas próprias coalisões, isso não é problema dele, mas sim de quem não quis agir. O partido Vox que é uma dissidência do PP, parece ter vindo para não fazer a diferença, e jogar ainda mais o país no caos. Desde sua fundação, o partido tem buscado fazer pactos com o PP em várias províncias só para mais tarde em projetos interligados com agendas internacionais, o partido liberal traí-los, e votarem a favor de uma agenda do agrado dos socialistas. O Vox pavimenta o caminho de sua própria extinção, assim como o antigo partido libertário, Ciudadanos pavimentou a sua ao se mancomunar com os comunistas do Podemos e os socialistas do PSOE. O Ciudadanos também era um partido "pragmático" que resolveu dar as mãos aos "moderados", em troca de governar sem a "extrema-direita". O resultado foi que o partido foi aniquilado nas urnas e está em vias de desaparecer por completo. O mesmo (felizmente) aconteceu com o Podemos, que está tentando se reformular; o partido de extrema-esquerda tentou unir-se aos socialistas do PSOE, para governar, mas o PSOE é um partido hegemônico, e os comunistas espanhóis não querem fazer pactos com um partido que cede demais aos separatistas, e não garante sua própria sobrevivência. O Vox resiste um pouco mais, porque ainda se intitula um partido de direita e tem pautas pertinentes, e muitos espanhóis preferem eles aos socialistas. Mas hoje, mais do que nunca, o Vox tenta dever sua existência ao PP, e busca sempre coalizões. O resultado é que quando tem chances de formar governo, o PP rejeita, e o Vox perde mais e mais força nos municípios. Para um partido que se diz preocupado com a Espanha, o Vox parece não ter interesse em mirar nos seus verdadeiros inimigos, exatamente àqueles com quem eles querem formar um pacto de governança. Triste para a Espanha, mas enquanto a dicotomia e embuste desses partidos continuar, o país nunca estará livre. De fato, não existem partidos conservadores nem liberais na Europa, somente sombra de uma concepção popular de algo que não existe mais na prática.

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Fonte:https://pt.euronews.com/2023/11/16/pedro-sanchez-reconduzido-como-presidente-do-governo-espanhol 

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