France24, 21/09/2023
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou dois acordos que fornecerão um total de 822 milhões de dólares à Honduras, para apoiar as reformas socialistas do governo da presidente de esquerda Xiomara Castro, informou nesta quinta-feira a instituição financeira.
O conselho executivo deu luz verde a um acordo de aproximadamente 548 milhões de dólares no âmbito da Facilidade Alargada (SAF) do FMI, e outro de aproximadamente 274 milhões de dólares no âmbito da Facilidade de Crédito Expandida (SCA), segundo um comunicado do órgão.
A decisão permite o desembolso imediato do equivalente a cerca de 117 milhões de dólares.
Ambos os acordos visam “apoiar o programa de reformas econômicas e institucionais” do país centro-americano nos próximos três anos, especificou.
O programa permitirá “fortalecer a resiliência econômica e resolver estrangulamentos estruturais de forma a promover o crescimento inclusivo”, esclarece a instituição.
O FMI prevê uma expansão da economia hondurenha de 3% até 2023 e uma queda da inflação para quase 5% até ao final do ano.
“A economia hondurenha demonstrou uma resiliência notável face aos recentes choques internos e externos”, afirma o FMI.
Mas alerta que, mesmo assim, Honduras “enfrenta problemas sociais e estruturais de longa data, como uma governança fraca e oportunidades econômicas limitadas, que prejudicam o seu potencial de desenvolvimento e alimentam a migração”.
O Fundo sugere investir em infraestruturas e adaptação às alterações climáticas.
O programa econômico das autoridades, apoiado no acordo com o FMI, "tenta preservar a estabilidade macroeconômica e começar a resolver estes problemas de forma a promover um crescimento mais robusto e inclusivo", afirmou o vice-diretor-geral e presidente do conselho de administração, Kenji Okamura, citado no comunicado.
O eixo central do programa é um quadro fiscal de médio prazo que preserve a sustentabilidade da dívida e, ao mesmo tempo, amplie o espaço fiscal para aumentar o investimento e os gastos sociais, explica, referindo-se à reforma tributária que exige o pagamento de impostos aos grandes empresários.
O FMI também recomenda mudanças no sector energético “para limitar os riscos fiscais e melhorar o clima de negócios”.
Por outro lado, o conselho concluiu a revisão da economia do país, conhecida como capítulo IV.
Os Administradores elogiaram as “políticas econômicas prudentes” das autoridades, mas observaram que “a pobreza e a desigualdade, a corrupção e as elevadas necessidades de investimento continuam a ser grandes obstáculos ao crescimento e desenvolvimento sustentável”.
Xiomara Castro se reuniu com o Conselheiro Especial para as Américas do presidente Biden
A Presidente Xiomara Castro manteve uma importante reunião com Christopher Dodd, Assessor Presidencial Especial do Presidente Biden para as Américas, a fim de abordar temas como a agenda bilateral entre Honduras e os Estados Unidos, cooperação, migração e acompanhamento dos acordos alcançados na reunião de Bruxelas no âmbito da UE-CELAC.
Na reunião, o ex-senador Dodd fez um convite para que Honduras fizesse parte da Associação para o Desenvolvimento Econômico das Américas, e afirmou que foi aprovado o pedido apresentado ao FMI para acesso a recursos econômicos.
El secretario Privado de la Presidencia @HectorZelaya, brindó detalles de la reunión de la presidenta @XiomaraCastroZ con el ex senador y asesor presidencial de Biden, Christopher Dodd. En ese sentido, detalló que la credibilidad y el voto de confianza que recibió la presidenta… pic.twitter.com/7c3pvzMAnw
— Secretaría de Prensa de Honduras (@gobprensaHN) September 21, 2023
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