IP, 28/07/2023
Por Brandan Taylor
Novos dados divulgados pelo CDC indicam que cerca de 450.000 indivíduos que vivem nos Estados Unidos, podem ser afetados por uma alergia à carne potencialmente fatal ligada a picadas de carrapatos.
Conhecida como síndrome de Alpha-gal (AGS), esta condição alérgica grave surge em certos indivíduos após o consumo de alimentos ou produtos que contenham alfa-gal, um açúcar encontrado na carne de mamíferos como porco, vaca, coelho, cordeiro e carne de veado, bem como como em produtos derivados de mamíferos, como gelatina e leite de vaca.
Os sintomas da AGS podem variar amplamente e podem incluir urticária, coceira, náusea, vômito, azia, indigestão, diarreia, tosse, falta de ar, queda da pressão arterial, inchaço dos lábios, garganta, língua ou pálpebras, tontura, desmaio ou forte dor de estômago.
De acordo com o Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade do CDC, vários casos de AGS podem não ser diagnosticados devido aos sintomas vagos e inconsistentes e à falta de conscientização entre os profissionais de saúde. Números mais altos de casos positivos foram identificados nas regiões do sul, meio-oeste e meio-atlântico do país.
Acredita-se que o carrapato estrela solitária esteja principalmente associado ao AGS, embora outras espécies de carrapatos não tenham sido completamente descartadas.
A Dra. Ann Carpenter, epidemiologista e principal autora de um dos artigos, destaca a importância de reconhecer a AGS como um importante problema emergente de saúde pública com consequências potencialmente de longo prazo para a saúde de alguns pacientes. Os médicos precisam estar cientes da AGS para avaliar, diagnosticar e gerenciar os pacientes com eficácia, e também educá-los sobre a prevenção de picadas de carrapatos para protegê-los contra o desenvolvimento dessa condição alérgica.
Em um dos estudos, uma pesquisa envolvendo 1.500 profissionais de saúde, incluindo médicos de família/clínicos gerais, internistas, pediatras, enfermeiros e médicos assistentes, revelou que quase metade dos entrevistados não estava familiarizada com a AGS. Além disso, cerca de um terço expressou confiança limitada em sua capacidade de diagnosticar ou gerenciar pacientes com AGS, enquanto apenas cinco por cento se sentiram muito confiantes.
Outro estudo conduzido por pesquisadores do CDC analisou resultados de testes laboratoriais de 2017 a 2022, envolvendo mais de 300.000 amostras enviadas por profissionais de saúde para pacientes com suspeita de AGS. Mais de 30% desses testes retornaram resultados positivos para AGS.
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