LDD, 23/06/2023
O colapso da hegemonia dos EUA nas mãos de Biden é tão grande que parece que ele está a caminho de reacender o pior momento da Guerra Fria: a Crise dos Mísseis.
A Crise dos Mísseis de Cuba em outubro de 1962 foi o auge da tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética durante o auge da Guerra Fria, e o período em que as duas superpotências chegaram mais perto de um conflito nuclear em grande escala.
Essa crise, atribuída a um mês específico, mas que durou anos, começou quando o primeiro-ministro soviético Nikita Khrushchev, chegou a um acordo secreto com o ditador cubano, Fidel Castro, para colocar uma base militar soviética em Cuba.
O governo do então presidente democrata John F. Kennedy, que estava mais preocupado em combater internamente as agências de inteligência que lhe sonegavam informações e agiam por vontade própria, desafiando até mesmo a autoridade presidencial, nada pôde fazer para impedir esse negócio.
E parece que, desta vez, outro governo democrata disfuncional e política externa de uma superpotência que se aproxima do fim voltarão a causar o mesmo conflito. O Wall Street Journal informou na terça-feira que Cuba e agora a China, a nova potência comunista, estão negociando para estabelecer uma base militar chinesa.
Embora o gatilho em 1962 tenha sido que Khrushchev decidiu colocar ogivas nucleares na base militar, localizada a apenas 144 quilômetros da costa da Flórida, por enquanto não há informações sobre que tipo de equipamento será instalado na ilha comunista, embora espera-se que tenha pelo menos mísseis convencionais.
As negociações estão em estágio avançado no momento, de acordo com o repórter do Journal, Warren P. Strobel, e podem ser encerradas nas próximas semanas. Segundo a reportagem, a base militar chinesa já tem localização, será na costa norte da ilha, nos arredores de Havana, a 156 quilômetros de Key West; e já se sabe quanto a China vai pagar pelo espaço, um número que rondaria os milhões de dólares.
A única ação do governo Biden até agora foi tentar convencer os líderes cubanos por meio dos canais diplomáticos a considerar que fazer um acordo com a China, poderia afetar sua soberania nacional. Claro, o Partido Comunista Cubano deve ter rido disso, já que há décadas eles vendem a soberania do país.
De acordo com o relatório do Journal, o governo dos EUA está "extremamente preocupado" com este desenvolvimento, já que uma nova instalação militar pode fornecer à China uma plataforma para abrigar tropas permanentemente na ilha e expandir sua coleta de informações, incluindo coleta de informações de equipamentos na costa da Flórida.
Mais preocupante para os Estados Unidos: a instalação planejada faz parte do "Projeto 141" da China, uma iniciativa do Exército Popular de Libertação para expandir sua base militar global e rede de apoio logístico.
Sem mencionar que, como em 1962, a China teria uma base avançada para disparar mísseis contra os Estados Unidos caso uma guerra estourasse entre as duas nações, ou mais realisticamente, caso precise impedir retaliações quando invadir Taiwan nos próximos anos.
Segundo relatos citados pelo general aposentado Jack Keane, a China já tem vantagens militares significativas sobre os Estados Unidos. “A China tem uma vantagem militar. Eles têm mais navios, mais aviões, mais mísseis ofensivos e defensivos do que os Estados Unidos. Mas mais importante, eles têm unidade nacional e determinação em seus objetivos estratégicos, enquanto os Estados Unidos atravessam uma brecha política que não permite agir ”, disse o general de 4 estrelas.
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