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15 de mar. de 2023

O governo socialista português anuncia sua política stalinista: controle de preços, expropriações e renda fixa




LDD, 14/03/2023 



O governo de extrema-esquerda que governa Portugal decretou a expropriação do uso das casas que ficarem desocupadas por mais de 100 dias. Será implantado um programa de controle de aluguéis e será proibida a construção de novas moradias para aluguel turístico.

O governo liderado pelo primeiro-ministro António Costa, um socialista obstinado que chegou ao poder com uma coligação de centro-esquerda mas que se voltou para a extrema-esquerda nos últimos anos, anunciou o lançamento da sua própria Lei do Arrendamento.

Isso marca um verdadeiro retrocesso histórico para o mercado imobiliário e um péssimo precedente para a segurança jurídica na Europa. Pela primeira vez em 38 anos, Portugal vai voltar a regular intensamente o mercado imobiliário e apostar em receitas obsoletas do século passado.



Utilizando a maioria nas câmaras legislativas, o Partido Socialista de Portugal teria carta branca para aprovar as mais ambiciosas alterações à sua agenda política, as mais violentas das últimas 4 décadas.

A Lei Portuguesa do Arrendamento

O governo de extrema-esquerda anunciou que haverá uma “rápida expropriação de uso” de todas as casas do país, sejam apartamentos ou casas particulares, que estejam desocupadas por um período igual ou superior a 100 dias. 

Com estas expropriações, o governo quer obrigar os proprietários a arrendar as suas casas ao preço que conseguirem, para evitar a perda dos seus bens. Aqueles que finalmente não colocarem suas casas ou apartamentos para alugar, estes passarão para o controle municipal, que será responsável por administrar seu aluguel para as classes populares.

Refira-se que a definição de "propriedade desocupada" é ambígua, e muitas casas que são utilizadas pelos portugueses que têm mais do que uma propriedade (muito comum em Portugal ter uma casa numa cidade e outra no litoral) cairão sob essas expropriações se não forem alugados.

A partir da entrada em vigor da lei, todos os contratos de arrendamento terão uma duração mínima de 5 anos, não podendo os proprietários despejar os inquilinos em situações de incumprimento, uma vez que de acordo com esta nova lei, o Estado assumirá o custo do pagamentos mensais não recebidos pelo proprietário.

Não satisfeito com isso, o Estado português pode mesmo obrigar os proprietários a reabilitar as habitações intervencionadas de modo a prepará-las para o seu arrendamento forçado, prevendo-se a mobilização de fundos públicos municipais (a um custo totalmente arbitrário e incerto) para o efeito.

A nova lei também expandirá os poderes do estado para dar carta branca à polícia para providenciar despejos, se necessário, sejam inquilinos problemáticos ou proprietários que não querem entregar suas casas ao governo.

As medidas empalidecem mesmo para os padrões da economia em desenvolvimento e ameaçam destruir o mercado imobiliário do país. Os incentivos à construção de novos imóveis irão corroer perigosamente, tendo em vista que se o imóvel não puder ser alugado pelo preço projetado será expropriado. Isso vai condenar o país a um lento e agonizante processo de descapitalização como o de outras economias socialistas. 

A nova legislação, que ainda precisa ser votada no Parlamento português mas certamente será aprovada, estabelecerá um novo teto legal máximo para a atualização dos contratos de aluguel, à semelhança do que ocorre atualmente em países como Argentina, Venezuela e Cuba.

Independentemente das condições de oferta e procura do mercado, e independentemente das objeções quer de inquilinos, quer de proprietários, o Estado irá fixar um plafond à semelhança da evolução passada do IPC para atualização das rendas. Os aluguéis de moradias não poderão subir mais do que a média geral da inflação no varejo.

O Poder Executivo também vai decretar a proibição quase absoluta de novas casas para aluguel turístico em todo o país. Haverá apenas uma única exceção que é a construção de alojamentos em zonas rurais, aquelas cuja densidade demográfica é consideravelmente inferior à média nacional. 

A radicalização sem precedentes do Partido Socialista de Portugal, que apesar do seu nome foi historicamente um partido moderado de centro-esquerda que pouco tocou nas reformas liberais de Aníbal Cavaco Silva na década de 1990, mina dramaticamente os direitos de propriedade em Portugal, a estabilidade do regras do jogo para investimento produtivo e segurança jurídica. 

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Fonte:https://derechadiario.com.ar/europa/europa_portugal/el-socialismo-portugues-anuncia-su-ley-de-alquileres-expropiaciones-alquileres-forzosos-y-un-brutal-control-de-precios 

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