Japão e Coreia do Sul estão reconstruindo laços militares com apoio dos EUA

ZH, 17/03/2023 

Por Tyler Durden 

O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, no Japão na quinta-feira, enquanto Tóquio e Seul buscam descongelar as relações, uma iniciativa apoiada pelos EUA, que busca reunir seus aliados na região contra a China .

De acordo com  o Nikkei Asia, os dois líderes concordaram em fortalecer a cooperação contra a Coreia do Norte e retomar um diálogo de segurança bilateral em nível de trabalho que está em um hiato de cinco anos. Yoon anunciou a "normalização" do Acordo Geral de Segurança de Informações Militares (GSOMIA), pacto que permite que os dois países compartilhem inteligência militar.

Em 2019, o predecessor de Yoon, Moon Jae-in, disse que Seul não renovaria o GSOMIA em resposta aos novos controles de exportação que o Japão impôs à Coreia do Sul. Os dois países também anunciaram um acordo comercial na quinta-feira que suspenderá os controles de exportação japoneses.

O GSOMIA permite que os dois países compartilhem informações sobre os testes de mísseis norte-coreanos. "Acredito que os dois países devem ser capazes de compartilhar informações sobre lançamentos e trajetórias de mísseis nucleares da Coreia do Norte e responder a eles", disse Yoon em entrevista coletiva após seu encontro com Kishida.

O encontro entre Yoon e Kishida marcou a primeira visita entre líderes japoneses e sul-coreanos desde 2012. "A partir de agora, gostaria de abrir um novo capítulo nas relações Japão-Coreia do Sul por meio de visitas frequentes de ambos os lados que não estão vinculadas à formalidade", disse Kishida.

Os laços entre a Coréia do Sul e o Japão foram tensos durante o domínio imperial japonês da Coréia de 1910 a 1945. Os dois países têm trabalhado em um acordo para resolver uma disputa sobre o trabalho escravo coreano durante a ocupação, embora a oposição da Coréia do Sul e muitos outros no país não estão felizes com uma proposta que Yoon aceitou do Japão.

Rahm Emanuel, embaixador dos EUA no Japão, saudou o estreitamento dos laços e disse que a Coreia do Norte e a China não ficarão felizes com o progresso. "Nosso trabalho conjunto não apenas na frente política, mas na frente estratégica, na frente de dissuasão, é o que teme a Coreia do Norte. É também o que a China não quer que aconteça", disse ele à CNN.

Os líderes militares dos EUA esperam que qualquer futura guerra com a China também envolva ações da Coreia do Norte e desejam coordenar mais com os militares japoneses e sul-coreanos. Kishida anunciou recentemente que o Japão está dobrando seu orçamento militar nos próximos cinco anos como parte de um reforço militar especificamente voltado para a China.

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Fonte:https://www.zerohedge.com/geopolitical/japan-south-korea-work-rebuild-military-ties-us-backing