ITV, 12/03/2023
Estudo de IA revela que mais de 10 milhões de idosos indianos sofrem de demência
Um novo estudo publicado na revista Neuroepidemiology revela que mais de 10 milhões de adultos com 60 anos ou mais na Índia podem ter demência. O estudo utilizou inteligência artificial (IA) e revelou uma taxa de prevalência de demência de 8,44%, equivalente a 10,08 milhões de idosos na Índia.
Um novo estudo publicado na revista Neuroepidemiology descobriu que mais de 10 milhões de idosos com 60 anos ou mais na Índia podem ter demência. Essa taxa de prevalência é comparável às taxas registradas nos EUA, Reino Unido e outros países. A pesquisa usou uma técnica de inteligência artificial (IA) chamada Aprendizado de Máquina (Machine Learning) semissupervisionado para analisar dados de 31.477 adultos mais velhos. Os pesquisadores descobriram que a prevalência de demência entre indivíduos com 60 anos ou mais na Índia é notavelmente alta em 8,44%, equivalente a 10,08 milhões de idosos no país.
O modelo de aprendizado de IA utilizado no estudo foi criado por um grupo de pesquisadores de várias instituições, incluindo a Universidade de Surrey, a Universidade de Michigan, a Universidade do Sul da Califórnia e também o All India Institute of Medical Sciences. O modelo foi alimentado com dados, que incluíam um conjunto de dados rotulados de aproximadamente 70% com diagnósticos de demência obtidos por meio de um novo consenso online. Os 30% restantes dos dados foram utilizados para avaliar a precisão das previsões da IA.
A pesquisa concluiu que as taxas de demência eram maiores em pessoas mais velhas, mulheres, pessoas sem educação e que viviam em áreas rurais. De acordo com Haomiao Jin, coautor do estudo e professor de Ciências da Saúde na Universidade de Surrey, no Reino Unido, a investigação foi baseada no único estudo nacional sobre envelhecimento na Índia, que incluiu mais de 30.000 idosos do país.
Surpreendentemente, a IA aprendeu sozinha a prever o estado de demência para observações não rotuladas sem diagnósticos de demência no conjunto de dados. O professor Adrian Hilton, diretor do Institute for People-Centered AI da Universidade de Surrey, comentou que o estudo demonstrou o grande potencial da IA para identificar padrões em dados complicados. Essa capacidade pode contribuir para uma melhor compreensão de como as doenças afetam várias populações, que podem ser usadas para criar intervenções médicas precisas que podem potencialmente salvar vidas.
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