ZH, 06/02;2023
Por Tyler Durden
A ícone do surf americano, Bethany Hamilton, prometeu boicotar o circuito profissional devido a uma mudança de regra que permite que homens biológicos que se identificam como mulheres compitam contra surfistas do sexo feminino.
Hamilton assumiu a posição depois que a World Surf League (WSL) anunciou que cumpriria as políticas da International Surfing Association (ISA) quando se trata de surfistas transgêneros.
Atletas nascidos homens podem competir nas categorias femininas se mantiverem um nível de testosterona inferior a cinco nmol/L (nanomoles por litro) por 12 meses.
A chefe da WSL, Jessi Miley-Dyer, disse que a política era importante para “equilibrar equidade e justiça”.
No entanto, Hamilton foi ao Instagram para reclamar que os níveis de testosterona por si só não determinam o que é uma mulher.
“Um nível de hormônio é uma representação honesta e precisa de que alguém realmente é homem ou mulher? É tão simples assim?” ela perguntou.
Surfing champion Bethany Hamilton has just announced she will NOT compete in the World Surf League anymore if they allow biological men to surf in the women’s events. She’s already an absolute legend but this stand makes her even more of a legend. Thank you @bethanyhamilton! pic.twitter.com/gF2qa7cD84
— Robby Starbuck (@robbystarbuck) February 5, 2023
Hamilton falar sobre o assunto é importante por causa de seu alto perfil e sucesso no esporte. Ela apareceu em vários especiais de televisão e documentários depois de perder o braço em um ataque de tubarão quando era criança e superá-lo para competir no mais alto nível.
“Pessoalmente, não estarei competindo ou apoiando a World Surf League se esta regra continuar”, disse Hamilton, acrescentando: “Isso me preocupa como um atleta profissional que compete há mais de 15 anos”.
A surfista disse que decidiu ir a público para “se levantar e falar por aqueles em uma posição que podem sentir que não podem dizer algo sobre isso”.
“Acho que muitas das garotas que estão em turnê não apoiam essa nova regra e temem ser condenadas ao ostracismo se falarem”, disse Hamilton.
Ela também observou como esportes em que políticas semelhantes foram introduzidas, como natação, corrida e MMA, estavam sendo dominados por homens biológicos que se identificavam como transgêneros.
“Quem está pressionando por essa grande mudança? Isso melhora o esporte do surf? Isso é melhor para as mulheres no surf? Se sim, como?” ela exigiu saber.
Hamilton argumentou que uma nova divisão deveria ser criada exclusivamente para atletas transgêneros, a fim de proteger a divisão feminina.
“Acho que é muito difícil imaginar como será o futuro do surf feminino daqui a 15-20 anos se avançarmos permitindo essa grande mudança”, concluiu ela.
Como destacamos no ano passado, o órgão regulador mundial da natação proibiu totalmente atletas transgêneros que passaram por qualquer forma de puberdade masculina de participar de competições femininas.
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