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14 de out. de 2022

Jeremy Hunt é o novo ministro das Finanças do Reino Unido: sai Kwasi entra Hunt para a crise política britânica

Kwasi Kwarteng à esquerda e Jeremy Hunt à direita



Euronews, 14/10/2022 



Sai Kwasi Kwarteng, entra Jeremy Hunt. É o quarto ministro das Finanças do Reino Unido desde o início do ano. A primeira-ministra britânica, Liz Truss, invocou o “interesse nacional” e a necessidade de estabilidade económica para demitir Kwarteng. O seu plano de cortes fiscais para os mais ricos assustou os mercados financeiros.

"Encontrei-me com o ex-ministro hoje. Lamento muito perdê-lo. É um grande amigo e partilha a minha visão de como colocar este país no caminho do crescimento. Hoje pedi a Jeremy Hunt para ser o novo ministro britânico das Finanças. Ele é um dos mais experientes e respeitados ministros e parlamentares. E compartilha as minhas convicções e as minhas ambições para o nosso país", justificou Truss. 

A nomeação de Jeremy Hunt, antigo candidato a primeiro-ministro, é vista como uma tentativa de tranquilizar os mercados e os eleitores de que o governo se está a afastar de políticas monetárias mais radicais e impopulares.

O apoio aos conservadores caiu. A oposição surge com uma vantagem quase sem precedentes nas sondagens. Vantagem que algumas das principais figuras do partido temem não ser superável.

Nota do editor do blog: o Partido Conservador Britânico não é conservador social, mas liberal clássico, o que significa anticristão, e mais propenso a implementar agendas internacionalistas. Muitos pensam que pelo fato de Adam Smith ter sido o pai do Liberalismo Clássico, e o Reino Unido ter tido brilhantes economistas, que isso torna o país (Grã-Bretanha) imune a políticas centralizadoras e estatistas. Bem pelo contrário: a realidade é que a definição de “poder” no Reino Unido sempre foi definida pela palavra “controle”. Assim sendo, não é estranho que o Keynesianismo tenha surgido no mesmo lugar de onde surgiu o Liberalismo Clássico. Como isso aconteceu? Existe uma explicação lógica para um lugar onde surgiu o maior e o mais importante pensador do Liberalismo clássico, ao mesmo tempo ter sido o berço do estatismo, e da centralização do poder? Sim, existe uma explicação, e é a seguinte: os mesmos homens de negócios foram os que criaram esse modelo econômico centralizador, porque isso lhes dá poder e lhes permite controlar a sociedade. Um modelo puramente capitalista não serviria para implementar o controle social, mas um modelo socioeconômico que abrange tanto direitos civis, e modelos econômicos assistencialistas poderiam servir a dois propósitos, o controle social, e o controle financeiro. Ambos teriam esses banqueiros e industrialistas por detrás. Desde 2010, o Partido de Liz Truss tem governado o Reino Unido, e boa parte das políticas desse partido teve como efeito centralizar mais poder as corporações, e prejudicar o trabalhador britânico. Políticas de “direitos humanos” e “combate ao discurso de ódio” foram implementadas. O casamento foi redefinido, e as crianças passaram a ser alvo de terapia de conversão de gênero, e desconstrução de gênero em sala de aula. Tudo sob um partido supostamente conservador. A imigração tornou-se mão de obra barata para as corporações, e o trabalhador médio foi dispensado. Mesmo após o Brexit, Theresa May e Boris Johnson não pararam a imigração, porque as grandes companhias não queriam dar emprego aos britânicos, mas a mão de obra barata estrangeira, que sobrecarrega o sistema de assistência social do governo. Truss manteve as políticas de seus antecessores. O que obviamente enfureceu muitos conservadores (de verdade) fora da coalizão governista, como Nigel Farage. O partido continua comprometido com o ESG, e Truss não consegue agradar aqueles que verdadeiramente mandam no partido: os banqueiros e metacapitalistas. Seu destino é cair e dar lugar a um serviçal fiel. Na realidade, seu fracasso energizará o próximo capacho que levará o Reino Unido para a escravidão da agenda 2030, com a qual todos os poderosos do Reino estão comprometidos; da coroa ao parlamento.

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Fonte:https://pt.euronews.com/2022/10/14/jeremy-hunt-e-o-novo-ministro-das-financas-do-reino-unido

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