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22 de ago. de 2022

Euro em baixa e crise energética



Euronews, 22/08/2022 



Euro no valor mais baixo de sempre em relação ao dólar 


O euro segue no nível mais baixo desde sua introdução, em 2002, em relação ao dólar.

Pressionado pela crise energética que ameaça mergulhar a Europa em recessão, o euro voltou a cair abaixo do limite de paridade com o dólar, esta segunda-feira, e atingiu um nível nunca visto desde o ano em que entrou em circulação.

Às 16:30 (hora de Lisboa), o euro perdia 0,84% e valia menos que um dólar, seguia a 0,9951 dólares, o nível mais baixo desde 2002.

Enquanto isso, o dólar beneficia da política monetária que a Reserva Federal (Fed) iniciou há meses. Tem vindo a reforçar-se com a subida das suas taxas de juro e deverá continuar a subi-las, o que torna os investimentos em dólares mais atrativos.

Com a economia norte-americana menos afetada pela guerra na Ucrânia do que a Europa, a Fed tem mais margem de manobra para agir do que os bancos centrais de países europeus.

A força do dólar encarece as importações, principalmente de matérias-primas, como o petróleo, que são cotados em moeda americana, acentuando uma inflação que já é devastadora para consumidores e empresas.





Famílias e empresas europeias asfixiadas pela crise energética 


Com o calor a apertar e em plena contagem decrescente para a chegada do frio, as faturas da energia prometem asfixiar cada vez mais europeus.

E enquanto a guerra na Ucrânia prossegue, a única certeza é que não deverá haver, tão cedo, um balão de oxigénio.

O comissário europeu com a pasta do Mercado Interno, o francês Thierry Breton, pediu contenção aos compatriotas no recurso ao ar condicionado, durante o verão, e no aquecimento, quando chegar o inverno.

Mas o apelo divide os franceses e muitos europeus por arrasto.

Em todo o continente, os preços da energia em alta estão obrigar famílias e empresas a apertar o cinto em nome da sobrevivência.

Com a vida cada vez mais cara, reduzir o consumo é vital para contrariar a inflação e para a sobrevivência de cada vez mais pessoas e negócios.

"Antes, costumávamos confecionar cinco vezes ao dia, mas agora reduzimos para três vezes. Organizámo-nos de forma diferente. Isto quer dizer que pães especiais passam a ir ao forno com as baguetes ao mesmo tempo, em vez de serem separados", explicou Christophe Maugard, um padeiro afetado pela crise energética.

A inflação agravada pela guerra na Ucrânia também se sente fora das fronteiras da União Europeia

No Reino Unido, as faturas da eletricidade quase triplicaram num ano. Um movimento de pessoas que se recusa pagar as contas ganha cada vez mais adeptos.

O executivo britânico prometeu ajudar as famílias mais afetadas durante o inverno, mas enquanto não chega o frio, aconselha, por agora, o uso de eletrodomésticos de maior consumo fora das horas de pico.

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Fonte:https://pt.euronews.com/

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